Nova Licitação dos Ônibus no Rio: Um Passo em Direção à Identidade Visual Padronizada

Em um movimento que promete transformar o transporte público carioca, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou um novo sistema de licitação para os ônibus que circulam pela cidade. Assim como ocorrido em 2010, os coletivos voltarão a exibir uma pintura padronizada. A cidade será dividida em 31 lotes de linhas, visando substituir os atuais quatro consórcios, denominados Intersul, Internorte, Transcarioca e Santa Cruz. Essa mudança visa criar uma identidade visual única, facilitando a identificação dos veículos pelo público.

O prefeito Eduardo Paes, em recente coletiva no Centro de Operações Rio (COR), reforçou seu compromisso em melhorar a distinção entre os diferentes consórcios. Em sua declaração, Paes destacou a necessidade de uma uniformização menos discreta do que as iniciativas anteriores, cujas cores eram consideradas quase invisíveis à noite. “Vamos fazer um negócio com algum grau de cafonice também, para manter o padrão lata de azeite”, afirmou.

A primeira licitação de 2010 introduziu uma representação por cores para cada consórcio: amarelo para Intersul, verde para Internorte, azul para Transcarioca e vermelho para Santa Cruz. Contudo, desde 2018, as viações ganharam autonomia para retomar suas próprias cores, desde que os ônibus fossem equipados com ar-condicionado.

As novas determinações estabelecidas no Diário Oficial a partir do dia 16 passado exigem que os futuros operadores de ônibus no Rio adotem modelos de piso baixo, além de um novo envelopamento conforme as diretrizes da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR).

Os 5 mil ônibus que serão incorporados à frota terão, além da pintura padronizada, ar-condicionado e seis painéis de LED, sendo cinco externos e um interno, para informar os passageiros sobre o itinerário. Com motores traseiros, os novos ônibus também possuirão um velocímetro interno que mostrará a velocidade adotada pela condução. A secretária da SMTR, Maína Celidonio, esclareceu que os microônibus e ônibus médios continuarão com modelos de piso alto.

A avaliação dos operadores será baseada no Índice de Qualidade do Transporte (IQT), que considera a Zona Oeste como a área com pior serviço. De acordo com os dados disponíveis, a Transportes Paranapuan, que atua na Ilha do Governador, é considerada a pior operadora. O planejamento prevê cinco fases de licitação, com a última programada para ocorrer entre setembro de 2027 e agosto de 2028, alinhando-se ao término do contrato atual com as empresas operadoras.

Neste novo modelo, a cidade será dividida em 22 lotes estruturais — que são grandes pacotes de linhas que interligam bairros — e nove lotes locais, que se concentram em percursos específicos. O primeiro lote irá abranger áreas como Campo Grande e Santa Cruz, com previsão de publicação do edital em julho e a realização da licitação em outubro. Atualmente, a cidade conta com 4,085 mil ônibus licenciados, cuja média de idade é de 6,7 anos.

À medida que essas mudanças se concretizam, a expectativa é de que o transporte público do Rio de Janeiro se torne mais eficiente e acessível à população, refletindo um compromisso renovado com a mobilidade urbana da cidade.

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