A incorporadora imobiliária China Evergrande enfrenta turbulências em sua gestão financeira, com a renúncia da PricewaterhouseCoopers (PwC) como sua auditora. A PwC, também responsável pela auditoria independente da varejista Americanas, deixou a Evergrande devido a discordâncias sobre o cronograma e o escopo do trabalho relacionado ao status para o ano fiscal de 2021.
Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), a China Evergrande destacou que a PwC não havia recebido informações importantes sobre certos assuntos ligados às demonstrações financeiras consolidadas do grupo para 2021. Essa falta de transparência levou a PwC a tomar a decisão de renunciar como auditora da empresa.
A situação da Evergrande é ainda mais preocupante devido à crise imobiliária em que a empresa se encontra no momento. Outrora a maior incorporadora da China, a Evergrande agora enfrenta uma dívida offshore de US$ 22,7 bilhões, que é considerada inadimplente após a empresa deixar de pagar no final do ano passado.
Além disso, a PwC destacou que a Evergrande não havia liquidado certos passivos remunerados com vencimentos em 2021 e que não havia fornecido detalhes relevantes sobre uma investigação conduzida por um comitê independente. Essa falta de transparência levanta preocupações sobre a gestão financeira da empresa e a confiabilidade de suas demonstrações financeiras.
Diante desse cenário, a Evergrande está passando por um processo de reestruturação de dívidas, no qual é crucial a conclusão do balanço financeiro auditado para 2021. A empresa está lutando para levantar fundos e pagar seus credores, enquanto enfrenta uma crise financeira sem precedentes.
Para substituir a PwC, a Evergrande decidiu nomear a Prism Hong Kong and Shanghai como seu novo auditor, seguindo a recomendação do comitê de auditoria da empresa. No entanto, a transição para um novo auditor pode levar a novas incertezas e questionamentos sobre a gestão financeira da empresa.
A situação da China Evergrande é acompanhada de perto pelos investidores e pelo mercado imobiliário, uma vez que o destino da empresa pode ter impactos significativos no setor e na economia como um todo. A falta de transparência e as discordâncias com a PwC levantam preocupações sobre a governança corporativa e a gestão financeira da empresa.
É essencial que a China Evergrande adote medidas concretas para restabelecer a confiança dos investidores e garantir a sustentabilidade de suas operações no futuro. Enquanto isso, o mercado aguarda ansiosamente por mais informações e esclarecimentos sobre a situação financeira da empresa.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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