Desafios e Oportunidades para as Construtoras Brasileiras em 2025
O mercado imobiliário brasileiro se prepara para enfrentar um cenário desafiador em 2025, impulsionado pela desvalorização do real e pelo aumento nos custos de financiamento. Porém, apesar das dificuldades, o ambiente também apresenta oportunidades promissoras, segundo análise do Santander.
Cenário Macroecômico e a Indústria da Construção
No início deste ano, a forte desvalorização da moeda nacional, combinada com o aumento dos custos de financiamento, acendeu um sinal de alerta para as construtoras. De acordo com o relatório assinado por analistas do Santander, Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, esses fatores podem tornar 2025 um período complicado para o setor. Entretanto, o documento aponta que não se deve olhar apenas para os desafios.
Um dos aspectos positivos destacados é a baixa disponibilidade de estoque em mercados essenciais, particularmente em segmentos relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Essa situação sugere uma persistente demanda por habitação, o que pode favorecer as empresas listadas na bolsa.
Destaque para a Cyrela
Entre as construtoras analisadas, o Santander elegeu a Cyrela como a principal aposta para 2025. A escolha é justificada pelo entendimento de que as ações da empresa já refletem a desaceleração esperada para o mercado de imóveis de médio e alto padrão.
Os analistas consideram que o valuation atual é "excessivamente descontado", com as ações da Cyrela sendo negociadas a um preço sobre lucro estimado (P/L) de 4,3 vezes para o próximo ano. Essa desvalorização das ações pode representar uma boa oportunidade de investimento, especialmente à luz das previsões de um retorno sobre o patrimônio (ROE) próximo a 19%, superando o registro de 17,5% nos últimos 12 meses.
Estoque e Demanda Sustentável
Apesar das pressões inflacionárias que podem afetar os custos de construção, o Santander observa que os níveis baixos de estoque, principalmente em São Paulo, podem beneficiar as construtoras operando nos segmentos de baixa e média/alta renda. A regulamentação robusta do setor também atua como um amortecedor contra eventuais cancelamentos de vendas, assegurando uma maior estabilidade às empresas.
Além disso, as condições de financiamento do MCMV ajudam a sustentar a demanda. A seletividade na concessão de crédito por parte das instituições financeiras favorece empresas com sólido desempenho e estrutura financeira, como Cyrela, Direcional e Cury.
Oportunidades no Segmento de Baixa Renda
O relatório do Santander também ressalta a continuidade de preferência por Direcional e Cury no segmento de imóveis voltados para a baixa renda. As ações dessas empresas se destacam por uma combinação de fatores, incluindo avaliações atrativas, rendimento de dividendos robusto, alta liquidez e balanços saudáveis.
Conclusão: Um Olhar para o Futuro
Enquanto 2025 se aproxima, é evidente que o caminho para as construtoras brasileiras será repleto de desafios. No entanto, o cenário não é inteiramente negativo: a combinação de demanda sustentada, regulamentações protetivas e oportunidades de investimento pode abrir espaço para um futuro mais promissor.
As construtoras que se adaptarem a esse novo contexto e que se posicionarem estrategicamente, possivelmente colherão os frutos em um mercado que, mesmo sob pressão, continua a apresentar possibilidades de crescimento. A atenção às tendências econômicas e a agilidade na resposta aos desafios serão cruciais para garantir a viabilidade contínua neste setor dinâmico.
Imagem: Maquete do estande Cyrela by Yoo
Foto: Julio Bittencourt/Valor 2021
Leia a matéria na íntegra em: valorinveste.globo.com
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