Operação Black Flow Investiga Construtora B.Fabbriani em Santa Catarina
Santa Catarina entra novamente no foco das investigações com a deflagração da Operação Black Flow, que busca desmantelar fraudes estruturadas no setor imobiliário, especialmente em relação à construtora B.Fabbriani, localizada em Itapema. A ação, conduzida pelo GAECO com o apoio da 2ª Promotoria de Justiça, estendeu-se a mandados cumpridos em São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público, a operação revela um esquema que envolveu práticas ilegais na venda de imóveis na planta, com suspeitas de uso inadequado dos valores pagos pelos clientes e desvio de recursos para benefício pessoal dos sócios.
Mandados de Busca e Prisão
Ao todo, foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, incluindo Bruno Sequeira Fabbriani, fundador da empresa, e outros membros da família.
A investigação aponta que os envolvidos formaram uma rede empresarial complexa, utilizando dezenas de CNPJs e Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para captar recursos de consumidores antes mesmo da formalização dos registros dos empreendimentos.
Obras Atrasadas e Reclamações
Desde 2017, a B.Fabbriani lançou mais de 15 empreendimentos, a maioria deles enfrentando sérios problemas, como obras atrasadas, abandonadas ou que nem sequer iniciaram. Apenas o Armona Residencial foi entregue, ainda assim, envolto em inúmeras reclamações devido a falhas construtivas e processos judiciais.
A lista de projetos inclui o Villa Residencial, cuja construção está parada com 80% de conclusão, e o Colline, que possui apenas as fundações. Outros empreendimentos, como Move, Hub 444, Flow e Nord, apesar de promessas de entrega para 2025 a 2029, permanecem sem progresso significativo.
Impacto sobre Consumidores
O impacto negativo dessa situação atinge diretamente pelo menos 1.500 compradores, que enfrentam atrasos e paralisações de projetos, além de corretores e trabalhadores que não receberam suas comissões e salários. Em muitos casos, os consumidores encontram dificuldades em cancelar contratos, sendo vítimas de cláusulas abusivas.
Um abaixo-assinado com centenas de assinaturas foi enviado ao Ministério Público, cobrando medidas diante do “descumprimento sistemático de prazos contratuais”.
Dinheiro Desviado e Esquema Complexo
Conforme apurado, o grupo abusou de fraudes como a venda de imóveis sem registro de incorporação e uso de procurações irregulares. O dinheiro arrecadado era rapidamente transferido para outras empresas do grupo ou até para contas pessoais dos investigados, o que configuraria uma gestão fraudulenta.
Além disso, interceptações telefônicas revelaram que funcionários eram instruídos a ocultar informações contábeis e realizar transferências indevidas, uma prática que só aumenta as suspeitas sobre a integridade das operações da construtora.
Operação Black Flow: Bens Bloqueados
A operação realizada na quarta-feira contou com a participação da Polícia Científica de SC e do Ministério Público do Rio de Janeiro, com mandados cumpridos em diversas cidades. O nome da operação, “Black Flow”, remete ao fluxo obscuro de dinheiro desviado, que, segundo as investigações, poderia ultrapassar R$ 90 milhões.
Os principais pontos de fraudes incluem:
- Venda de imóveis sem registro de incorporação
- Uso irregular de procurações para movimentar SPEs
- Desvio de valores entre diferentes obras
- Promessas contratuais com prazos irrealistas
Próximos Passos
A investigação segue em sigilo e novas ações devem surgir nas próximas semanas. Há evidências que sugerem o uso de recursos de novos empreendimentos para cobrir déficits de projetos anteriores, prática comum em esquemas piramidais.
A defesa dos envolvidos ainda não se manifestou, mas o acompanhamento do Jornal Razão promete trazer atualizações sobre os desdobramentos do caso.
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