Studio NEiDA Curadoria do Pavilhão de Togo na Biennale Architettura 2025
A República do Togo participa pela primeira vez da 19ª Exposição Internacional de Arquitetura — La Biennale di Venezia em 2025, com a exposição “Considerando o Patrimônio Arquitetônico de Togo”. O pavilhão é uma iniciativa de Sonia Lawson, Diretora Fundadora do Palais de Lomé, e tem curadoria de Studio NEiDA, um escritório de arquitetura e pesquisa co-fundado por Jeanne Autran-Edorh e Fabiola Büchele.
A exposição propõe um estudo detalhado sobre as evoluções arquitetônicas no Togo desde o início do século 20 até os dias atuais, focando em temas como conservação e transformação. Ela documenta uma gama de tipologias de edifícios e métodos construtivos, estabelecendo um comparativo entre práticas arquitetônicas tradicionais e modernistas. Através dessa abordagem, busca-se oferecer uma compreensão abrangente da evolução espacial e material do ambiente construído em Togo.
A Evolução Arquitetônica de Togo do Século 20 até Hoje
A curadoria abrange estruturas vernaculares, como as habitações em cavernas Nôk e as casas de barro fortificadas conhecidas como Tatas Tamberma, localizadas ao norte do Togo. A equipe de design do Studio NEiDA também explora formas arquitetônicas afro-brasileiras desenvolvidas entre meados do século 19 e meados do século 20 por repatriados do Brasil. Adicionalmente, a exposição se estende à arquitetura modernista pós-independência, destacando edifícios cívicos e comerciais, como o Hotel Sarakawa, o mercado Hedzranawoe, e os bancos ECOWAS e BOAD.
O pavilhão aborda a condição atual desses locais arquitetônicos, contrastando exemplos deteriorados, como o Hôtel de la Paix e a Bourse du Travail, com edificações que passaram por restaurações recentes, incluindo o Hotel 2 Février e o Palais des Congrès. A exposição posiciona esses sítios dentro das discussões em andamento sobre preservação e adaptação arquitetônica na África Ocidental.
O Pavilhão Utiliza o Patrimônio de Togo Como Marco da Exposição
Os designers do Studio NEiDA comentam que “o patrimônio arquitetônico de Togo, que abrange estruturas de barro antigas até complexas histórias e experimentos modernistas ousados, é uma fonte incrível de inspiração para nosso trabalho. Esse legado construído, por vezes engenhoso, por vezes excêntrico, é um guia poderoso para futuras abordagens arquitetônicas que sejam contextuais e compatíveis com o clima”.
Sonia Lawson, Diretora Fundadora do Palais de Lomé, expressou sua satisfação: “Estou entusiasmada por comissionar o primeiro Pavilhão Togolês na Exposição Internacional de Arquitetura da La Biennale di Venezia. É um marco para mostrar a rica herança arquitetônica de Togo a um grande número de visitantes do mundo todo. O Palais de Lomé é um espaço arquitetônico emblemático em Togo que, uma vez, foi um local de exclusão colonial. O programa da instituição promove um diálogo sobre questões contemporâneas relacionadas à cultura, arquitetura e meio ambiente. Espero que o pavilhão contribua para os debates sobre o futuro e a preservação do patrimônio arquitetônico na África Ocidental.” O Pavilhão de Togo está organizado pelo Ministério da Economia Digital e Transformação Digital da República do Togo e coordenado em colaboração com a Zuecca Projects, de Veneza.
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