Imbróglio Judicial: Disputa por Mansão em Ilha Comprida Envolve Richarlison e Flávio Bolsonaro

A disputa pela mansão localizada na paradisíaca Ilha Comprida, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, se complica ainda mais, envolvendo o jogador Richarlison, seu sócio e o advogado Willer Tomaz, aliado de Flávio Bolsonaro. A recente decisão judicial tende a favorecer o atacante do Tottenham e da Seleção Brasileira, conhecido também como Pombo.

Richarlison adquiriu a propriedade em 2020 através de sua empresa, a Sport 70. No entanto, em 2022, Tomaz conseguiu a posse do imóvel por meio de uma liminar judicial, em um cenário considerado controverso. Recentemente, uma nova decisão do juiz Ivan Pereira Mirancos Júnior, da 2ª Vara Cível da Comarca de Angra dos Reis, colocou em xeque essa liminar, encerrando as brechas que permitiram a Tomaz tomar posse do imóvel.

O magistrado decidiu extinguir a ação inicial da M Locadora, que reivindicava a reintegração de posse da propriedade contra a empresa de Richarlison e a Yta Consultoria Mercadológica e Industrial. Essa ação tinha como base um registro de direito de uso da ilha desde 1990. Com a nova decisão, a expectativa é de que a mansão, avaliada em R$ 10 milhões, seja devolvida a Richarlison e seu sócio, que possui 25% do imóvel.

A Confusão Judicial

O imbróglio judicial tem se arrastado por mais de um ano, com decisões sendo tomadas em prazos acelerados e reintegrações de posse ocorrendo à noite, com a presença de segurança armada. A controvérsia começou quando Willer Tomaz manifestou interesse pela mansão em 2020, atraiu a atenção de Flávio Bolsonaro, que se encantou pela propriedade durante uma visita.

A propriedade, que já pertenceu à renomada cantora Clara Nunes até 1983, passou por várias transações até chegar a Antônio Marcos Pereira Silva, que vendeu o imóvel para Richarlison. Durante uma visita em 2021, Flávio e Tomaz tentaram acessar a propriedade, mas encontraram resistência, uma vez que Richarlison e sua equipe já eram os novos proprietários.

A Liminar Controversa

A situação se agravou em maio de 2022, quando uma liminar concedeu a Tomaz a posse da mansão, alegando que Maria Alice Menna, viúva de um dos antigos proprietários da M Locadora, teria assinado um documento transferindo seus direitos a Donato Galvez, um dos sócios da empresa. Ela, no entanto, recorreu à Justiça, afirmando que sua assinatura havia sido forçada, e um laudo indicou que a assinatura havia sido falsificada.

Maria Alice registrou um boletim de ocorrência, relatando ter sido coagida a assinar documentos sem compreender plenamente o que estava sendo acordado. Mesmo com as evidências de fraude, o processo continua sem resolução na mão do desembargador Adriano Celso Guimarães, do TJRJ.

Aspectos Legais da Posse

Vale ressaltar que terrenos em ilhas pertencem à União, que concede a posse aos proprietários. Contudo, o registro na Secretaria de Patrimônio da União (SPU) não estava atualizado desde 1977, o que complica ainda mais a situação jurídica da propriedade. Apesar disso, Willer Tomaz conseguiu rapidamente registrar a modificação de titularidade, utilizando a documentação contestada.

Aluguel e Situação Atual

Enquanto o impasse não é resolvido, a mansão teve sua segurança reforçada por homens armados. Tomaz disponibilizou a propriedade para aluguel, apesar das questões judiciais que cercam sua titularidade, e atualmente a mansão está listada para locação por uma imobiliária de luxo, com características como 11 suítes, praia privativa e uma cachoeira.

Posicionamento das Partes

Até o momento, Richarlison e a Sport 70 não se pronunciaram sobre a situação. A WT Administração, por sua vez, emitiu uma nota afirmando que a decisão do juiz não impacta a validade da liminar e sustentou que a titularidade do terreno atualmente pertence à empresa de Tomaz.

Com a complexidade do caso e as múltiplas reviravoltas, a disputa pela mansão na Ilha Comprida continua a atrair atenção, revelando um panorama judicial envolto em controvérsias e disputas de poder.

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