Novo ‘Branca de Neve’ Lança em Meio a Controvérsias

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Branca de Neve: Nova Versão da Disney Gera Controvérsias na Véspera de Estreia

A tão aguardada nova adaptação cinematográfica de Branca de Neve, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 20 de março de 2025, não é apenas mais uma reinterpretação da clássica história da Disney — é também um palco de intensos debates e polêmicas.

O filme traz no papel principal a jovem atriz Rachel Zegler, de origem colombiana, enquanto a icônica Gal Gadot assume o papel da maligna Bruxa Má. Sob a direção de Marc Webb e com roteiro de Erin Cressida Wilson, a produção já foi alvo de críticas desde a sua escalação, levantando questões sobre diversidade e inclusão nas narrativas cinematográficas.

A controvérsia começou em 2021, quando a escolha de Zegler para o papel de Branca de Neve despertou a indignação de grupos conservadores nos Estados Unidos. Para esses críticos, a opção por uma atriz que não se encaixa na descrição tradicional da personagem — com pele clara e cabelo negro, como retratada na animação original de 1937 — representava uma quebra de tradição inaceitável. Os que se opõem ao que chamam de lobby da diversidade e inclusão se referem a essa escolha como uma "heresia".

Além disso, Zegler gerou ainda mais frisson quando, em declarações anteriores, se referiu à animação clássica como “muito antiquada” em relação às questões de gênero. Ela criticou o príncipe da história, afirmando que ele “literalmente persegue” Branca de Neve, comparando seu comportamento a um stalker. A atriz prometeu um novo enfoque para a personagem: “Ela não vai ser salva pelo príncipe e não vai sonhar com o amor verdadeiro. Vai sonhar em ser a líder que ela sabe que pode ser”, declarou, provocando reações adversas entre aqueles que consideram importante manter os papéis tradicionais de gênero nas histórias.

A atmosfera de polêmica se intensificou quando o atual conflito entre Israel e Palestina posicionou as duas estrelas do filme em lados opostos. Enquanto Zegler demonstrou apoio à causa palestina, Gadot, que é israelense, defendeu as ações de seu país em Gaza, levando a um pedido de boicote ao filme por parte de alguns segmentos da população.

No cenário político menos amigável, Rachel Zegler provocou a ira de apoiadores da extrema-direita ao criticar publicamente Donald Trump e seus eleitores. Em declarações contundentes, ela expressou: “Que os apoiadores de Trump e o próprio Trump nunca conheçam a paz”, e chegou a usar palavras de ofensivas em relação ao ex-presidente, exibindo um espírito desafiador que rapidamente se tornou assunto de controvérsia.

Outra questão que atraiu críticas foi a forma como o filme aborda os sete anões. O renomado ator Peter Dinklage, famoso por seu papel como Tyrion Lannister em Game of Thrones, expressou descontentamento ao ver a Disney continuar a reforçar estereótipos negativos sobre pessoas com nanismo. “Você é progressista de certa forma, mas ainda está fazendo aquela história retrógrada de sete anões vivendo na caverna. Que coisa você está fazendo, cara?”, afirmou.

Após as reclamações, a Disney decidiu que os personagens dos sete anões seriam retratados por meio de computação gráfica e reclassificados como "criaturas mágicas". Essa decisão também levou a protestos de atores com nanismo, que alegam que foram negadas oportunidades de atuação nessa nova interpretação.

Diante de toda essa controvérsia, a Disney optou por modificar a estratégia de lançamento do filme. Em vez de abrir a venda de ingressos um mês antes da estreia nos Estados Unidos, como é prática comum, a empresa disponibilizou os ingressos apenas duas semanas antes. A pré-estreia em Hollywood, que ocorreu no último sábado, 15 de março, foi limitada a um grupo restrito, e as atrizes só deram entrevistas à equipe interna da Disney, evitando o contato habitual com a imprensa.

No entanto, apesar de toda a agitação em torno do filme, as reações das primeiras audiências têm sido predominantemente positivas. Críticos destacam a atuação de Zegler, elogiando sua performance como digna do papel, bem como o equilíbrio entre atualizações contemporâneas e a nostalgia pelo material original.

“#BrancaDeNeve não é apenas um dos melhores remakes da Disney, mas também recaptura a magia do filme de 1937. Rachel Zegler É Branca de Neve e tem uma performance mágica,” afirmou Christopher Mills, famoso crítico, em sua análise nas redes sociais. Outro site, IndieWire, descreveu o filme como uma “versão espirituosa e doce do material clássico”, ressaltando que “este aqui é bom”.

Com a estreia se aproximando, fica evidente que Branca de Neve não apenas traz à tona o encanto de uma história atemporal, mas também reflete as complexidades e os desafios das narrativas modernas no universo cinematográfico. O conflito entre tradição e inovação, bem como as discussões sobre identidade e representação, são apenas alguns dos temas relevantes que permeiam esta nova produção da Disney.

Leia a matéria na íntegra em: Veja Rio

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