Multifamiliares: A Ascensão de uma Nova Onda de Investimentos no Setor Imobiliário Brasileiro

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O Crescimento do Setor Multifamily no Brasil: Uma Nova Era para o Mercado Imobiliário

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido um aumento considerável na quantidade de pessoas que optam por morar de aluguel. Com base nos dados do Censo de 2022, esse cenário tem aquecido o mercado de imóveis multifamily, que tem se tornado uma opção atrativa tanto para moradores nas principais capitais quanto para investidores do setor imobiliário.

Pela plataforma SiiLA, que oferece inteligência de mercado e análises, foram registradas mais de 11 mil unidades multifamily no Brasil, com uma taxa de ocupação esperada de 82% até o final de 2024. Apenas nos últimos 12 meses, 1,8 mil novas unidades foram lançadas, com a maior parte concentrada em São Paulo. A previsão é que mais de 3,2 mil novas unidades sejam lançadas nos próximos 12 meses, sendo 2,8 mil delas somente em São Paulo.

Esse crescimento do setor multifamily pode ser atribuído a uma série de mudanças estruturais, especialmente no que se refere à burocracia em contratos de aluguel. Historicamente, aluguéis no Brasil eram permeados por complicações legais que dificultavam a relação entre inquilino e locador. Com novas diretrizes e a modernização do mercado, essa relação tem se tornado mais simples e acessível.

Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, comenta que as dificuldades legais refratárias fizeram com que empresas, como a Greystar, optassem por testarem seus modelos em outros mercados antes de adentrarem o Brasil. Hoje, a Greystar já conta com 224 unidades em parceria com a Cyrela e o CPPIB.

O conceito de multifamily, que se originou nos Estados Unidos, refere-se a empreendimentos de grande escala, geralmente sob a administração de um único proprietário. No Brasil, as particularidades do mercado exigem adaptações, como a menor quantidade de unidades por empreendimento e contratos mais flexíveis.

Nicastro alerta que há uma confusão comum sobre o que realmente caracteriza o modelo multifamily. Muitas pessoas acreditam que qualquer imóvel comprado para aluguel se encaixa nesse conceito, mas, na essência, o multifamily diferencia-se por sua estrutura de empreendimento voltada exclusivamente para locação e operada por gestores especializados.

Um dos aspectos que impulsionam a popularidade do multifamily é a mudança no perfil de moradia dos brasileiros. Embora muitos ainda sonhem com a casa própria, os jovens estão cada vez mais atentos às vantagens de aluguéis em empreendimentos multifamily, que costumam ter localização privilegiada e acesso a serviços, principalmente em um cenário de juros altos e inflação.

A demanda por imóveis deste tipo tem se mostrado promissora, principalmente nos segmentos de alto padrão. Luciana Vieira, diretora de Incorporação da Vitacon, destaca que o multifamily serve não apenas para atender a um prazer habitacional, mas que, em tempos de incerteza econômica, muitos consumidores estão preferindo não se comprometer com a compra de um imóvel.

Além da Vitacon, a Coelho da Fonseca, que atua no mercado imobiliário de luxo, percebe uma crescente demanda por imóveis multifamily. Com a previsão de lançamento de 1.890 unidades em áreas centrais de São Paulo, esse segmento tem se mostrado um atrativo, especialmente para a classe A.

A proposta multifamily geralmente se destaca por sua gestão profissional, que inclui itens como internet e consumo de energia no valor do aluguel, além de serviços como concierge e gerenciamento predial. Esse nível de qualidade, no entanto, pode tornar os preços de aluguel mais elevados, limitando o acesso ao modelo, principalmente para aqueles com renda abaixo da média.

Apesar das dificuldades, há otimismo em relação ao potencial de expansão do multifamily em Brasília. Nicastro menciona que já existem iniciativas focadas em atender as classes B e C, com projetos que oferecem unidades menores e serviços acessíveis, especialmente nas regiões metropolitanas, onde a demanda por moradia com infraestrutura adequada é significativa.

O modelo multifamily também se tornou um atrativo para investidores. Atualmente, cerca de 40% dos empreendimentos multifamily no Brasil são de multi investidores, possibilitando que pessoas físicas entrem no mercado por meio da compra de imóveis. Os fundos imobiliários têm percebido esse setor como uma oportunidade de alta rentabilidade, com baixa vacância, principalmente nas cidades com alta demanda por habitação.

As perspectivas para o mercado imobiliário são otimistas, especialmente considerando as possibilidades de valorização e liquidez associadas aos imóveis multifamily. De acordo com Vieira, esses fatores têm atraído cada vez mais investidores ao setor.

Em um contexto onde o crédito imobiliário se torna uma ferramenta válida para quem já possui um capital significativo, o mercado multifamily se apresenta como uma opção viável, diante de um cenário econômico marcado por elevadas taxas de juros. A tendência é que mais consumidores vejam o aluguel como uma alternativa prática e financeiramente vantajosa, contribuindo ainda mais para a ascensão desse modelo no Brasil.

Assim, o setor multifamily se consolida como uma alternativa promissora e dinâmica dentro do mercado imobiliário brasileiro, atraindo tanto novos moradores quanto investidores em busca de bons retornos em tempos desafiadores.

Leia a matéria na íntegra em: www.moneytimes.com.br


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