Ministério Público do Rio de Janeiro Toma Medidas para Preservar o Sobrado de Machado de Assis
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) instaurou uma ação civil pública com o objetivo de salvar o sobrado que foi residência do renomado autor Machado de Assis, uma das figuras mais proeminentes da literatura brasileira. Localizado na Rua dos Andradas, 147, no Centro do Rio, o imóvel se encontra em estado de ruína e atualmente abriga um estacionamento rotativo.
Ação Judicial e Medidas Urgentes
A ação foi protocolada pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural e foi direcionada à 15ª Vara de Fazenda Pública da Capital. O MP requer que o município e o proprietário atual tomem medidas imediatas para conter a degradação do imóvel, com previsão de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Importância Histórica do Imóvel
Machado de Assis viveu no sobrado entre 1869 e 1871, período em que sua carreira como escritor e jornalista já começava a despontar. Devido à sua relevância histórica e cultural, o prédio é tombado por decreto municipal, inserido na área de preservação da APAC do Centro e circunvizinho a bens protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Estado Atual do Sobrado
De acordo com a Promotoria, o imóvel encontra-se descaracterizado, sem telhado, e com a fachada ameaçada de colapso, não possuindo qualquer cuidado em relação à sua estrutura original. O MP aponta que a prefeitura falhou em monitorar e garantir a conservação do bem tombado.
Denúncia de Especialista em Patrimônio
Marconi Andrade, fundador do grupo SOS Patrimônio, salienta que outras residências onde Machado de Assis também viveu no Rio de Janeiro enfrentam problemas semelhantes. Ele destaca: “É a casa onde morou o mais famoso escritor brasileiro. Se fosse em qualquer outro país do mundo, com certeza estaria inteira, no mínimo transformada em um centro cultural ou em um centro de memória.”
Outras Residências em Perigo
Marconi, especialista em restauro e patrimônio histórico, menciona a casa onde Machado coabitou com sua esposa, Carolina, em Cosme Velho, na Zona Sul, até seu falecimento em 1908. Esta edificação foi demolida na década de 1980 para dar espaço a um prédio de 10 andares.
“O grande crime mesmo, eu acho, foi a demolição da casa de Machado de Assis, no Cosme Velho. Aquilo ali foi um crime contra a história do mais importante escritor brasileiro. Enquanto isso, as casas de grandes escritores franceses e americanos são preservadas como centros de memória. É triste ver esse descaso com nosso patrimônio.” – Marconi Andrade
Resgate da Memória
Atualmente, em Cosme Velho, um café temático busca resgatar a memória de Machado de Assis, mesmo sem a estrutura original. Essa iniciativa é um esforço para manter viva a história do autor e sua obra.
Propostas para Preservação
O pedido feito à Justiça inclui a implementação de medidas emergenciais para assegurar a integridade estrutural do sobrado e preservar o que resta da fachada. Entre as solicitações estão a remoção de elementos arquitetônicos em risco de desabamento, reparos na cobertura de fibrocimento deteriorada e a adequação da fiação elétrica externa.
Restauração e Indenização
Além disso, o MP requer que os réus sejam responsabilizados pela restauração completa do sobrado e que paguem uma indenização ao Fundo Estadual de Conservação Ambiental (FECAM), visando reparar os danos causados ao patrimônio histórico e cultural da cidade.
Busca por Respostas
A equipe de reportagem da CBN não conseguiu contato com o proprietário do imóvel para obter uma posição e aguarda retorno da prefeitura do Rio de Janeiro.
Leia a matéria na integra em: cbn.globo.com
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