Alagamentos em Acari: Um Retrato da Vulnerabilidade Habitacional
Assim como em muitas áreas da Zona Norte do Rio de Janeiro, os moradores de Acari estão enfrentando um problema persistente e devastador: os alagamentos. Um novo estudo do Instituto Decodifica revelou que impressionantes 91,2% dos residentes afirmam que suas ruas alagam frequentemente, levando a desafios diários para cerca de 29 mil habitantes da região.
Apresentada durante a COP30 em Belém, a pesquisa “Retrato das Enchentes” destaca não apenas a gravidade da situação, mas também as condições estruturais precárias da comunidade. Em Acari, o Complexo é atravessado pelo rio que lhe dá nome e enfrenta problemas como a baixa altitude do terreno, o assoreamento dos cursos d’água e a falta de políticas de saneamento eficientes. Essas questões resultam em um escoamento inadequado das águas pluviais, provocando transbordamentos recorrentes e danos materiais significativos.
Impacto das Enchentes na Vida dos Moradores
Realizada com 226 entrevistas, a pesquisa revelou que 89,3% dos habitantes já vivenciaram enchentes que ultrapassaram um metro em suas ruas, com 81,4% dos entrevistados relatando que suas casas foram invadidas por águas desse nível. Este cenário alarmante reflete a dificuldade em se manter uma vida normal em meio a condições tão adversas.
Adicionalmente, 84,1% dos participantes da pesquisa informaram que já perderam eletrodomésticos, móveis ou outros itens devido às enchentes. Os objetos mais comuns entre as perdas incluem sofás, camas, colchões, geladeiras e até documentos vitais, com 49,1% das pessoas afirmando que tiveram documentos destruídos.
Medidas de Adaptação e Danos Estruturais
Para tentar minimizar os danos, 71,7% dos entrevistados relataram já ter enfrentado problemas estruturais em suas residências, levando 47,8% das famílias a modificarem suas casas como forma de se prepararem para futuros alagamentos. Entre as alterações, destacam-se o aumento do nível do térreo, a construção de andares superiores e a elevação de móveis dentro das casas.
Além dos danos físicos, a saúde das famílias também tem sido afetada. A pesquisa apontou que 58,4% dos moradores relataram a ocorrência de sintomas após os episódios de enchente, e 35% buscaram atendimento médico. Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, febre e diarreia, sendo que diversas famílias foram diagnosticadas com doenças como dengue e leptospirose.
Auxílio e Resposta da Comunidade
Em meio a essa adversidade, 65,5% dos entrevistados afirmaram ter recebido algum tipo de assistência após as enchentes, enquanto 30,1% não contaram com ajuda. Entre os tipos de auxílio, 26,4% das pessoas receberam abrigo, e 85,8% foram beneficiadas com alimentação. As ajudas geralmente provêm de ONGs locais, vizinhos e entidades religiosas, enquanto a atuação do governo foi amplamente criticada: 35,8% dos entrevistados consideraram-a “péssima” e 31,9% a avaliaram como “regular”.
Histórico de Enchentes em Acari
A situação de Acari não é nova. Historicamente, a comunidade enfrenta enchentes devastadoras que causam insegurança e perdas materiais significativas. No início de 2024, um forte temporal resultou na inundação mais recente, afetando milhares de residências e comprometendo a vida de muitos moradores.
Ao longo dos anos, a população de Acari tem lidado com os efeitos desse fenômeno, que não afeta apenas as estruturas físicas das residências, mas também a saúde e o bem-estar emocional da comunidade.
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