A Instalação de Rithika Merchant Enriquecendo o Dior SS25
Para o desfile de alta-costura primavera/verão 2025 da Dior, a cenografia ganha destaque com a obra "As Flores que Cultivamos", uma instalação da artista Rithika Merchant. Comissionado pela diretora criativa Maria Grazia Chiuri e realizado pelos habilidosos artesãos dos ateliês Chanakya, em Mumbai, o projeto transforma o espaço do Musée Rodin em um ambiente impressionante. A instalação recria as pinturas originais de Merchant em forma de bordados, criando uma atmosfera imersiva que complementa os temas da coleção relacionados à memória, transformação e natureza. Os visitantes poderão explorar esta obra no Musée Rodin até 2 de fevereiro de 2025.
"As Flores que Cultivamos": A Fusão Entre Arte e Alta-Costura
A instalação cenográfica "As Flores que Cultivamos" oferece um pano de fundo vívido e emotivo para as mais recentes criações de alta-costura de Maria Grazia Chiuri. Concebida por Rithika Merchant, a instalação é composta por nove painéis monumentais que traduzem as pinturas originais da artista em bordados intrincados. As obras retratam plantas, animais, criaturas mitológicas e motivos simbólicos, como olhos, tecendo uma narrativa complexa inspirada no mundo natural.
O resultado é uma instalação imersiva que promove um diálogo harmonioso entre arte e moda. Suas formas orgânicas e detalhes meticulosos ressoam com os temas de contraste e transformação da coleção, posicionando a cenografia como um elemento essencial na narrativa visual.
A Reinterpretação de Silhuetas Icônicas por Maria Grazia Chiuri
Seguindo os temas cenográficos, a coleção SS25 de Maria Grazia Chiuri faz referência ao rico patrimônio da Dior, reinterpretando silhuetas icônicas para a contemporaneidade. Um exemplo é o retorno à linha Trapèze, inicialmente apresentada por Yves Saint Laurent em 1958, que ilustra a abordagem de Chiuri sobre a memória sartorial e a reinvenção. Seus designs estabelecem um diálogo entre estrutura e fluidez, com crinolinas modernizadas que revelam sua construção, culotes de tule com rendas que incorporam uma feminilidade lúdica e corpete bordados em flores que celebram a beleza da natureza.
Uma peça em destaque revisita a silhueta Cigale da coleção outono/inverno 1952-1953 da Dior, agora reinventada em tecidos moiré como um conjunto de paletó e saia sob medida. Casacos pretos, vestidos delicadamente bordados e capas adornadas com penas contribuem para o equilíbrio da coleção entre silhuetas arrojadas e detalhes requintados. O bordado em prata burnida tridimensional amplifica a qualidade surreal e atemporal da coleção.
A instalação e a coleção apresentam um diálogo inédito entre a arte e a moda, elevando a experiência do espectador e ressaltando a importância da interação entre diferentes formas de expressão. O trabalho de Rithika Merchant, em particular, não apenas embeleza o evento, mas também provoca uma reflexão sobre a conexão intrínseca entre o natural e o estilizado, entre o passado e o presente no mundo da moda.