História em Risco: Ameaça de Demolição de Antigo Casarão na Tijuca Ganha Força com Mobilização Popular

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História em Risco: Ameaça de Demolição de Antigo Casarão na Tijuca Ganha Força com Mobilização Popular

Moradores da Tijuca Iniciam Abaixo-Assinado pela Demolição de Casarão

Na última quarta-feira (13), os residentes das ruas Professor Gabizo e Doutor Satamini, na Tijuca, receberam uma notificação da Subprefeitura da Grande Tijuca, solicitando a participação em um abaixo-assinado para a demolição de um casarão histórico localizado na esquina dessas duas vias. O imóvel, que abrigou um bar chamado Odorico até cerca de cinco anos atrás, se encontra em estado de abandono desde o fechamento do estabelecimento. Vizinhos relatam que o casarão foi invadido por pessoas em situação de rua nos últimos três anos.

João Viera Lucas, síndico de um dos prédios nas proximidades, expressou a preocupação dos moradores com a situação. “Há muito acúmulo de lixo na área. Atrasos já ocorreram, e é comum ver dependentes químicos em busca de abrigo no local. Estruturalmente, o casarão apresenta regiões sem reboco e telhados comprometidos, o que gerou receios sobre um possível desabamento”, destacou.

Apoio da População

Leonardo Rodrigues, assessor da Subprefeitura, afirmou que a iniciativa de criar o abaixo-assinado partiu dos próprios moradores, que buscaram apoio institucional. O casarão, uma construção datada da década de 1920, recebeu tombamento provisório pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro em 2005. Isso significa que, embora a demolição seja desejada por alguns, há restrições legais que devem ser consideradas.

Rodrigues ressaltou que os novos proprietários do imóvel, a Igreja Cristã Chinesa do Rio de Janeiro, também estão interessados na demolição. “Estamos escutando as demandas da comunidade e levantando quantas assinaturas conseguimos. Se obtivermos mais de 50% de apoio, podemos tentar revogar o tombamento”, explicou o assessor, acrescentando que o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) manifestou-se contrário à demolição.

Insegurança e Descontentamento

Nos últimos anos, diversas tentativas de contenção das invasões foram feitas, incluindo a construção de muros de tijolos em cima das antigas muretas de pedra. No entanto, esses esforços têm sido infrutíferos, pois os muros são frequentemente depredados por pessoas em busca de abrigo. “Cada vez que tentamos reerguer os muros, eles são danificados novamente”, lamentou João.

A discussão sobre a demolição do casarão gerou divisões entre os moradores da região. “Há quem seja favorável e quem se opõe à ideia. Como o documento foi entregue recentemente, ainda não sabemos qual lado prevalece. Aqueles que estão contra a demolição argumentam que é essencial entender qual será o propósito do espaço antes de tomarem uma decisão”, comentou Lucas.

Sheila Feitosa, uma das moradoras da Professor Gabizo, recentemente se posicionou a favor da preservação do casarão. “Gostaria de saber por que ele não pode se transformar em um centro cultural”, questionou.

Futuro Incerto

A Igreja Cristã Chinesa do Rio de Janeiro foi contatada, mas até o momento não divulgou informações sobre possíveis projetos para o terreno após a demolição do imóvel. A expectativa da comunidade é que esse diálogo se intensifique, permitindo que as vozes de todos os moradores sejam ouvidas em uma questão que afeta diretamente o cotidiano da Tijuca.

O desenrolar dessa situação é um reflexo das tensões entre a preservação do patrimônio histórico e as necessidades imediatas da população local, que busca segurança e melhorias em seu ambiente. O desenvolvimento de soluções que considerem tanto a história quanto o bem-estar da comunidade continua sendo um desafio a ser enfrentado.

Leia a matéria na integra em: oglobo.globo.com


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