A Helbor, que se destaca no mercado imobiliário de Mogi das Cruzes e região metropolitana de São Paulo, está passando por uma reestruturação significativa em suas operações. A empresa agora enfrenta uma importante decisão: é hora de buscar novo crescimento ou de continuar a venda de terrenos que sobram? O diretor financeiro e de relações com investidores da Helbor, Leonardo Piloto, compartilhou detalhes sobre essa fase em uma recente entrevista à Coluna. “Temos um landbank (banco de terrenos) excedente, por isso decidimos vender. No futuro, decidiremos se vamos continuar vendendo ou se vamos acelerar os lançamentos,” antecipou.
Desde o último ano, a Helbor já vendeu seis terrenos, arrecadando R$ 136 milhões. O plano inclui a venda de mais quatro áreas, que devem resultar em cerca de R$ 100 milhões adicionais. Apesar disso, a empresa ainda possui terrenos suficientes para desenvolver empreendimentos avaliados em R$ 8,6 bilhões, o que representa aproximadamente seis a sete anos de lançamentos, considerando o ritmo atual. “É um landbank grande para o tamanho atual da companhia,” afirmou Piloto, acrescentando que “carregar esse landbank tem seus custos, como IPTU e o capital imobilizado.”
Essas áreas foram adquiridas em dinheiro e por meio de permutas. Piloto também ressaltou que a venda dos terrenos acontecerá sem pressão. A revisão das operações teve início em 2024, quando a Helbor lançou um plano para reduzir sua dívida, que se tornou excessiva, especialmente devido ao aumento das taxas de juros no Brasil. A incorporadora então diminuiu os lançamentos e priorizou a venda de apartamentos já disponíveis. Além disso, a empresa se desfez de terrenos em regiões onde perdeu interesse, como Campo Grande e Cuiabá, e em bairros da zona leste de São Paulo, como Carrão e Anália Franco.
A partir de agora, a Helbor se distancia do segmento econômico, concentrando-se em terrenos para imóveis destinados a um público de maior poder aquisitivo, localizados em áreas nobres de São Paulo, Osasco, São Bernardo e Mogi das Cruzes. Essa nova abordagem já trouxe resultados: a dívida líquida diminuiu 9,5% entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, atingindo R$ 1,49 bilhão. A alavancagem, que mede a relação entre a dívida líquida e o patrimônio líquido, recuou de 68,5% para 53,6% nesse intervalo.
Com as vendas de terrenos futuras, a expectativa é que a alavancagem caia para 50%, conforme comentou Piloto. Os lançamentos, por sua vez, diminuíram de dez em 2023 para oito em 2024, enquanto o valor geral de vendas (VGV) também apresentou uma queda de 11%, alcançando R$ 634 milhões.
Turbulência
Outro ponto a ser destacado é que o estoque de apartamentos disponíveis para venda reduziu 14% no último ano, totalizando R$ 1,3 bilhão. “Os últimos meses foram fundamentais para reduzir a alavancagem através da venda de estoque de imóveis e ativos não estratégicos. Essa estratégia foi eficaz para trazer dinheiro e preparar a empresa para um cenário macroeconômico desafiador,” explicou o diretor financeiro.
O objetivo da Helbor é realizar lançamentos que podem totalizar R$ 1,5 bilhão em 2025, embora essa não seja uma meta formal, pois sua concretização dependerá do desempenho das vendas mensalmente. Apesar dos altos juros, Piloto observa um desempenho saudável nas vendas. No entanto, o cenário desafiador se reflete nos lançamentos, cujas entregas de obras ocorrerão nos anos seguintes.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 18/06/2025, às 13:07.
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