Explorando o Teatro Regio de Carlo Mollino na Turim dos Anos 1970 sob a Perspectiva de Franck Bohbot

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Franck Bohbot Captura a Teatralidade do Teatro Regio em Turim

Uma obra-prima arquitetônica renascida no século XX, o Teatro Regio di Torino é uma das casas de ópera mais celebradas da Itália. Inaugurado em 1740, o teatro se consolidou como um marco cultural renomado por quase dois séculos, até ser destruído por um incêndio em 1936. Durante 40 anos, o local permaneceu inativo, até que Carlo Mollino foi designado para projetar uma nova iteração radical do espaço. O arquiteto italiano trouxe uma abordagem que buscava reinventar as convenções da arquitetura de casas de ópera, rompendo com a opulência barroca tradicional em favor de uma estética modernista mais escultural.

Uma Nova Visão sob a Lente de Franck Bohbot

Alinhando-se à abordagem surrealista e fluida de Mollino, o fotógrafo francês Franck Bohbot continua sua busca por captar lugares que guardam histórias, texturas e emoções. Com uma sensibilidade poética que vai além da mera documentação, ele destaca os interiores impressionantes do Teatro Regio, revelando uma narrativa cinematográfica inerente ao espaço. As fotografias ressaltam a grandiosidade da estrutura, sua atmosfera enigmática e os ritmos que emergem do foco em forma, sombra, textura e cor, posicionando a casa de ópera como um palco em si.
Teatro Regio di Torino
As imagens capturadas por Bohbot exploram minuciosamente os elementos que compõem o espaço e a experiência emocional que ele proporciona. Através de seu olhar único, ele transcende a arquitetura para mergulhar na essência teatral do Teatro Regio.

O Reimaginado Teatro Regio de Carlo Mollino

Diferentemente das varandas douradas e dos elaborados afrescos típicos de casas de ópera históricas na Europa, o Teatro Regio concebido por Carlo Mollino é um estudo em teatralidade modernista. Bohbot captura o caráter monumental e íntimo dos interiores, desde os espaços destinados às apresentações até os extensos e sinuosos corredores banhados em vermelhos profundos e pretos aveludados. Ao entrar, é impossível não ser envolvido pelas paredes de veludo vermelho que cercam o auditório, criando uma atmosfera ao mesmo tempo acolhedora e misteriosa, enquanto a iluminação cuidadosamente orquestrada destaca os elementos escultóricos do ambiente.
Auditório do Teatro Regio
As formas curvas e orgânicas das varandas e corredores evitam a simetria rígida, evocando uma sensação de movimento fluido, como se a própria arquitetura estivesse engajada em uma performance. Mollino, apaixonado por surrealismo, aerodinâmica e simbolismo esotérico, idealizou o Teatro Regio como um espaço experiencial que prioriza emoção e atmosfera, em detrimento da ornamentação convencional.

O auditório principal, que acomoda mais de 1.500 espectadores, é caracterizado por tons profundos, contrastes dramáticos e um jogo de sombra e luz que cria um efeito hipnótico, quase onírico. A ausência de detalhes tradicionais de arco de cena e a integração de elementos de iluminação conferem ao espaço uma sensação de intimidade ao mesmo tempo que monumental.
Detalhe do auditório do Teatro Regio
Além do auditório, o saguão e áreas públicas do teatro seguem a estética característica de Mollino, apresentando padrões geométricos, acabamentos em madeira aquecida e uma qualidade labiríntica que convida à descoberta. A série de fotos de Franck Bohbot ilumina estes detalhes com uma sensibilidade aguda à forma e à atmosfera, acentuando o contraste entre a vastidão e a intimidade do espaço. Uma cadência quase hipnótica emerge, ressoando como a rítmica de uma sinfonia.

O Teatro Regio di Torino, sob a lente de Franck Bohbot, não é apenas um teatro; é um testemunho da história, arte e inovação arquitetônica, onde cada canto e sombra contam uma parte da narrativa visual do espaço.

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