Descubra as Teorias da Coquetelaria e como as Famílias de Coquetéis se Estruturam.

O renomado bartender Sam Ross, do famoso Milk & Honey (agora Attaboy), tem se destacado no cenário da mixologia desde 2012, quando começou a educar bartenders em Nova York, nos Estados Unidos, sobre o conceito de famílias de coquetéis. Ross explicou como qualquer coquetel pode ser rastreado até cinco ou seis famílias distintas, como o Sour, o Collins e o Gimlet.

Em 2018, seguindo essa proposta de classificação dos coquetéis, foi lançado o livro “The Cocktail Codex”, escrito por Alex Day, Nick Fauchald e David Kaplan, bartenders e fundadores do icônico “Death & Company”, também situado em NY. A obra inovadora fundamenta a ideia de que todos os coquetéis derivam de seis “famílias” principais: Old-Fashioned, Martini, Daiquiri, Sidecar, Whisky Highball e Flip. Essa abordagem simplifica a mixologia, permitindo que tanto bartenders experientes quanto iniciantes compreendam a essência de qualquer coquetel e suas variações.

Ao ler o livro em 2021, pude constatar que essa teoria é uma das mais abrangentes e esclarecedoras no mundo dos coquetéis. A ideia de categorizar os drinks em famílias facilita não só o aprendizado, mas também a criação de novas bebidas, mantendo a consistência e o equilíbrio nas misturas.

Sam Ross possui uma visão única sobre as famílias de coquetéis, acreditando que dominar esses conceitos é essencial para qualquer bartender que deseje aprimorar suas habilidades na mixologia. Segundo Ross, todas as bebidas podem ser rastreadas até algumas famílias básicas, cada uma com suas próprias fórmulas e características únicas. Essa abordagem sistemática, compartilhada também pelo “The Cocktail Codex”, simplifica o processo de criação e compreensão dos coquetéis.

O livro apresenta detalhadamente como funcionam as famílias de coquetéis e suas variações. Por exemplo, o clássico Old-Fashioned, feito com bourbon ou rye whiskey, açúcar, bitters e água, pode ser adaptado de diversas maneiras, como no Monte Carlo ou American Trilogy, que mantêm a essência do coquetel original acrescentando complexidade e sabor.

Outro exemplo é o Martini, um ícone da coquetelaria que permite inúmeras variações, como o Perfect Martini ou Alaska, demonstrando como pequenas alterações nas proporções podem resultar em perfis de sabor distintos. O livro também explora coquetéis como o Daiquiri, o Sidecar, o Whisky Highball e o Flip, mostrando a versatilidade e riqueza das famílias de coquetéis.

Além disso, Sam Ross destaca a importância de manter o equilíbrio entre os elementos ácidos e doces nos coquetéis da família Sour, como o Whisky Sour, Daiquiri e Pisco Sour. Ele também ressalta a diferença entre coquetéis da família Collins, como o Tom Collins e John Collins, que incluem água com gás para tornar a bebida mais refrescante.

Para Ross, a família Gimlet exemplifica como pequenas variações nas proporções dos ingredientes podem resultar em perfis de sabor distintos, como no caso do Jack Rose. Outras famílias exploradas por Ross incluem o Daiquiri e Caipirinha, Martini e Manhattan, e o clássico Old Fashioned.

Finalmente, Ross apresenta o Penicillin, sua própria criação, como um exemplo de adaptação moderna de uma família clássica. Essa inovação reflete a evolução constante da mixologia e a importância de explorar novas possibilidades dentro das bases tradicionais.

Em suma, tanto Sam Ross quanto o “The Cocktail Codex” nos direcionam para a importância de conhecer as bases dos coquetéis, independentemente das ideologias, e como a adaptação e evolução são essenciais no mundo da mixologia. A compreensão das famílias de coquetéis e suas variações oferece uma estrutura clara para a criação e inovação na coquetelaria, mantendo viva a arte de misturar bebidas com maestria.

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