No dia 26 de julho de 2024, o mundo da arte celebra os 100 anos de nascimento de Nelson Sargento, ícone do samba e artista plástico brasileiro. Conhecido por suas contribuições para a música e sua habilidade nas artes visuais, Nelson Sargento deixou um legado imortal através de suas pinturas que retratam o cotidiano das favelas cariocas e o universo do samba.
Suas primeiras obras eram abstratas, mas logo ele passou a dedicar-se a representar em suas telas passistas, baianas, paisagens de morros e barracos. Sua primeira exposição individual aconteceu nos anos 70, na casa do renomado jornalista Sérgio Cabral, sendo inicialmente restrita aos amigos. Nesse cenário, obras da coleção particular do músico Agenor de Oliveira, amigo de Nelson Sargento, foram apresentadas ao público.
Em outra vertente artística, o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) reabriu suas portas após seis meses de obras, apresentando a mostra “Achados do Valongo”. A exposição reúne 180 objetos encontrados nas escavações do Cais do Valongo, em 2011, que ajudam a contar a história da herança africana no Rio de Janeiro. Entre os artefatos encontrados estão piaçavas, cerâmicas, pedras e peças em vidro, revelando aspectos significativos da cultura afrodescendente na região.
O projeto “Arte Sonora”, que completa quinze anos, traz uma extensa programação com exposições físicas e virtuais, sessão de vídeos, palestras, entrevistas com artistas e um podcast. Dentre os destaques estão obras de artistas como Manata Laudares, Leandra Lambert, Marta Supernova, entre outros, que exploram a intersecção entre arte e som em suas criações.
A exposição “Construtos”, por sua vez, apresenta trabalhos inéditos de Chico Fortunato, pintor e designer de móveis que tem nas figuras geométricas uma marca registrada. Com desenhos-colagens que refletem as contradições do cotidiano, Fortunato revela uma produção artística política e engajada, sob a curadoria de Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho.
Na linha da representatividade e da diversidade, a exposição “Sport Friendly” busca retratar atletas diversos e combater a discriminação de raça, gênero e orientação sexual no esporte. Fotografias de atletas de clubes como Carioca Trans United e Karyocas, registrados pela fotógrafa Zô Guimarães, compõem a mostra que destaca a pluralidade presente no universo esportivo.
Por fim, a mostra “Vida na Fé — Matriz Africana — Edição Bangbala” homenageia o ogan Luiz Angelo da Silva, aos 105 anos e 98 dedicados ao candomblé, reconhecendo sua contribuição para as religiões de matriz africana. Com fotografias de Milana Trindade, a exposição lança o documentário “Ogan Bangbala”, dirigido por Fábio França e Anderson Bangbose, que explora a vida e a trajetória do homenageado.
Em um mosaico de expressões artísticas e culturais, essas exposições destacam a vitalidade e a diversidade da cena artística carioca, celebrando a arte em suas múltiplas formas e manifestações. Cada evento é uma oportunidade única de mergulhar no rico universo da arte e da cultura, contemplando obras que refletem as diversas facetas da sociedade e da criatividade humana.
Leia a matéria na integra em: Veja Rio
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