Conflito Urbano: Comunidades se Unem para Habitar Prédio Abandonado no Coração de Porto Alegre

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Conflito Urbano: Comunidades se Unem para Habitar Prédio Abandonado no Coração de Porto Alegre

O Grito dos Excluídos em Porto Alegre: Uma Luta por Moradia e Soberania

Neste domingo, 7 de setembro, quando movimentos populares em todo o Brasil se mobilizam para o Grito dos Excluídos e Excluídas, cerca de 80 famílias organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam um prédio abandonado há quase uma década no Centro de Porto Alegre. Essa ação é parte de uma jornada nacional que abrange ocupações em 18 cidades brasileiras.

Com o lema “Não há independência, nem soberania, sem direito à moradia”, a mobilização busca chamar a atenção para o déficit habitacional no Brasil, que já prejudica mais de 8 milhões de famílias. Ao mesmo tempo, a jornada critica a insuficiência das políticas públicas voltadas para a habitação popular e expressa solidariedade ao povo palestino.

Ocupação Palestina Livre!

O prédio ocupado, localizado na rua Andrade Neves, anteriormente abrigava a Sociedade Espírita Allan Kardec até 2016. Agora, o MLB renomeou o espaço para Ocupação Palestina Livre! Marcela Vive! O coordenador estadual do MLB, Gustavo Ramos, destacou que as ocupações foram cuidadosamente planejadas e realizadas simultaneamente em várias capitais. “Estamos aqui para denunciar a falta de acesso à moradia como um direito fundamental que deve ser garantido pelo poder público, mas que se tornou uma mercadoria”, frisou Ramos.

Apoio Internacional e Conexões de Luta

A situação em Gaza tem sido alarmante, com dados revelando que mais de 70 mil palestinos perderam a vida, 150 mil ficaram feridos e cerca de 2 milhões foram deslocados, além de 80% das edificações na região estarem destruídas. O coordenador do MLB acredita que as lutas por moradia no Brasil e as questões enfrentadas pelo povo palestino estão interligadas. “As mesmas balas que ferem o povo palestino também atingem as periferias brasileiras. A conexão entre as nossas lutas é inegável”, afirmou.

Violência nas Ocupações

De acordo com informações do MLB, muitos dos prédios ocupados pertencem ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e estavam vazios por anos, sem cumprir sua função social. Em pelo menos três cidades, a mobilização encontrou resistência violenta por parte da polícia. Em São Paulo, aproximadamente 300 famílias ocuparam um prédio no bairro da Liberdade, onde foram reprimidas agressivamente pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, que utilizou bombas de gás para dispersar os manifestantes e realizou detenções.

Casos de violência similar foram relatados nas ocupações feitas no Rio de Janeiro e em Goiânia, onde as famílias enfrentaram espancamentos e despejos forçados. O MLB criticou a postura dos governos, que, segundo eles, preferem manter prédios vazios a garantir moradia digna para as famílias sem-teto. “A luta por moradia é inseparável da defesa da soberania popular”, concluiu o movimento.

Essas ações refletem a urgência de um debate mais amplo sobre a habitação e os direitos humanos no Brasil, destacando a necessidade de políticas que priorizem o acesso à moradia e a dignidade de todos os cidadãos.

Leia a matéria na integra em: www.brasildefato.com.br


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