O Crescimento do Compartilhamento de Propriedades de Luxo no Litoral Brasileiro
O conceito de compartilhar um imóvel à beira-mar está se tornando uma tendência crescente no Brasil, especialmente no segmento de casas de alto padrão. Multipropriedades e sociedades para aquisição de mansões têm atraído o interesse de pessoas que buscam otimizar recursos e experiências no uso de suas propriedades.
De acordo com o estudo “Cenário do desenvolvimento de multipropriedades no Brasil 2024”, realizado pela Caio Calfat Real Estate Consulting, o país conta com cerca de 200 empreendimentos nesse segmento. O Nordeste, famoso por suas praias paradisíacas, desponta como uma das regiões de maior crescimento, com dez novos projetos nos últimos meses, aumentando a oferta de unidades em 31,7%, totalizando 8,1 mil imóveis.
Caio Calfat, diretor-geral da consultoria, ressalta que o que impressiona não é apenas o incremento no número de projetos, mas também a qualidade das propriedades. "Estamos vendo uma elevação significativa no nível das casas, que estão cada vez mais bem localizadas e sofisticadas", comenta.
Um exemplo notável dessa nova era é a Ilha Carapituba, situada na Baía de Todos os Santos, em Salvador. Com uma mansão de 5.000 metros quadrados, a propriedade tem sete suítes, piscina, spa e academia, e está dividida em quatro cotas de R$ 22,8 milhões. Surpreendentemente, a oferta também inclui uma luxuosa lancha italiana de 62 pés ancorada no píer.
Marcus Matta, CEO da Prime You, destaca o sucesso desse empreendimento, que se tornou a primeira ilha privativa de uso compartilhado do mundo. “Vendas das cotas começaram antes mesmo do lançamento do produto”, explica Matta. A Prime You possui um portfólio robusto de imóveis, incluindo residências no Guarujá (SP) e Angra dos Reis (RJ), além de planos para um novo condomínio com um valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 1,6 bilhão.
Os benefícios do modelo de multipropriedade também se estendem à divisão de custos de manutenção e serviços, envolvendo uma equipe completa que inclui, por exemplo, um chef de cozinha formado pela prestigiada escola francesa Le Cordon Bleu. “É uma maneira inteligente de ter uma casa de alto padrão na praia, com a vantagem de uma experiência personalizada”, conclui Matta.
E essa tendência se estende a outros projetos de sucesso. A MyDoor, por exemplo, vende cotas de imóvel na Praia do Forte, na Bahia, por R$ 750 mil. Roberto Pinheiro, CEO da empresa, observa um crescimento na aceitação da ideia de compartilhar bens imóveis, comparando-a à experiência de se hospedar em hotéis cinco estrelas.
Com cerca de 30 propriedades em seu portfólio, a MyDoor registrou um crescimento de 50% nas vendas de residências fracionadas, atendendo grupos que desejam dividir uma casa entre seus membros. A empresa cuida de toda a estruturação jurídica e entrega o imóvel pronto para uso, facilitando a vivência em ambientes que, nos últimos anos, permaneceram fechados a maior parte do tempo.
Búzios, no litoral fluminense, também se destaca nesse cenário. O Grupo ST Desenvolvimento Imobiliário está acelerando as vendas do projeto Casa Búzios, que conta com residências de alto luxo projetadas pelo arquiteto David Bastos, oferecendo mais de 30 itens de lazer e um beach club, com cotas a partir de R$ 140 mil.
A GAV Resorts, outra empresa que tem se destacado, busca atender à demanda por sofisticação em empreendimentos em locais como Porto de Galinhas, Maragogi e Jericoacoara. Em 2024, a companhia registrou R$ 3,2 bilhões em VGV vendido, um aumento de 10% em relação ao ano anterior, e planeja expandir suas operações no Nordeste.
Mesmo com essa crescente sofisticação, o mercado de compartilhamento de imóveis não se limita apenas aos mais ricos. Empreendimentos que atendem a classe média têm mostrado que é possível explorar o mercado sem abrir mão da qualidade. “Todo mundo busca o que é bom e queremos oferecer a melhor experiência possível aos nossos clientes”, afirma Manoel Neto, da GAV Resorts.
O crescimento do compartilhamento de propriedades de luxo no Brasil reflete uma mudança nas dinâmicas de consumo e investimento. Este modelo não só possibilita a posse de imóveis em locais paradisíacos, mas também torna essas experiências acessíveis, promovendo um uso mais eficiente e responsável dos recursos disponíveis.
O mar do litoral brasileiro pode ser mais do que um destino; ao aderir ao conceito de multipropriedade, os brasileiros têm agora a oportunidade de transformar essas experiências em realidade.
Leia a matéria na íntegra em: valor.globo.com
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