Como a Crise Imobiliária Pode Transformar Preços em Queda: A Estratégia Urgente para Evitar o Colapso

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Como a Crise Imobiliária Pode Transformar Preços em Queda: A Estratégia Urgente para Evitar o Colapso

O Espelho Espanhol: Álvaro Ardura e o Impacto do Mercado Imobiliário na Espanha e em Portugal

Álvaro Ardura Urquiaga, doutor em Arquitetura e professor de Planejamento Urbano na Faculdade de Arquitetura da Universidade Politécnica de Madrid, é um especialista que lança luz sobre as complexidades do mercado imobiliário. Coautor de obras como “First We Take Manhattan“, Ardura defende que a atual crise habitacional é um reflexo de processos profundos de gentrificação e má gestão urbana.

O cenário espanhol: Diferenças e semelhanças com Portugal

Em uma entrevista à CNN Portugal, Ardura analisa o panorama imobiliário em Espanha, que apresenta desafios e oportunidades singulares. Apesar de o preço dos imóveis ter disparado, a lógica de “construir mais” e liberalizar o mercado não se mostrou eficaz. Segundo ele, a construção de novas habitações nas últimas décadas não garantiu a acessibilidade desejada.

“Apenas 20% das vendas em Espanha são de primeira habitação, e 34% ocorrem sem crédito, refletindo a realidade de investidores. Isso deixa uma pequena parte da população sem acesso a residências adequadas”, explica. No contraste, Portugal é reconhecido como o país da OCDE com mais dificuldades no acesso à moradia, levando muitos a se perguntarem: seria a situação em Espanha realmente mais favorável?

Especulação e Fundos de Investimento

Um dos principais tópicos em discussão é o apetite dos fundos de investimento pelo mercado imobiliário espanhol. Ardura explica que, após a crise de 2008, a Espanha se tornou um paraíso para esses investidores por conta da grande quantidade de imóveis disponíveis a preços baixos. A resultante concentração de propriedades em poucas mãos tem gerado preocupações sobre o futuro do acesso à habitação.

“Os fundos de investimento adquiriram um papel de destaque, e a falta de regulação permite uma especulação desmedida. A situação não é apenas um desafio econômico, mas um dilema social”, alerta Ardura.

O impacto do turismo no mercado residencial

O turismo está moldando o mercado, com cidades como Barcelona e Málaga enfrentando significativos desafios decorrentes da conversão de imóveis residenciais em propriedades para aluguel temporário. Em Málaga, a rápida expansão de ofertas turísticas levou à redução da oferta residencial, dificultando a vida dos moradores locais.

Ardura destaca que o aumento do turismo não pode ser visto isoladamente. “O fluxo de visitantes altera a dinâmica do mercado, desviando a disponibilidade de residências para aluguel a curto prazo, o que impacta diretamente os preços e a acessibilidade”, comenta.

“Uma casa dedicada ao Airbnb é menos uma casa no mercado para residência estável.”

Propostas e soluções: O modelo do País Basco

Enquanto a situação habitacional se torna um desafio crescente, iniciativas como a implementação de habitação protegida a título perpétuo no País Basco se destacam. Nesse modelo, os imóveis podem ser vendidos por preços fixos com uma opção de recompra pelo Estado, criando um sistema mais acessível.

“Esse modelo pode ser uma alternativa viável para o resto da Península Ibérica, especialmente considerando as baixas taxas de habitação social em Portugal e Espanha”, sugere Ardura. “É vital que esses países aprendam com as melhores práticas internacionais, pois o acesso à habitação deveria ser um direito básico, assim como a saúde e a educação.”

O fenômeno Airbnb e a sua comparação com Lisboa

Com a popularização do Airbnb, tanto em Madrid quanto em Lisboa, surgem preocupações sobre o impacto dessa prática no acesso à habitação. Em Lisboa, por exemplo, o aumento do turismo gerou uma forte demanda que eleva os aluguéis, dificultando ainda mais o acesso à moradia para os locais.

Ardura conclui que é fundamental refletir sobre o futuro das cidades diante desse cenário: “Madrid está buscando um perfil semelhante ao de Miami, visando atrair grandes fortunas, mas enquanto isso, a classe média já não encontra espaço nas cidades.”

Com discussões em andamento e propostas em diversos estágios, as próximas ações em políticas habitacionais são cruciais para moldar o futuro das cidades, tanto na Espanha quanto em Portugal. O debate continua, e as lições extraídas do vizinho espanhol podem ser uma bússola para entender os desafios que aguardam o mercado imobiliário português.

Leia a matéria na integra em: cnnportugal.iol.pt


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