Arquiteturas Infláveis em Espaços Públicos: Uma Exploração das Obras do Coletivo Conjuntos Empáticos na Espanha

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Arquiteturas Infláveis em Espaços Públicos: O Olhar dos Conjuntos Empáticos na Espanha

Como as estruturas infláveis se comportam em espaços públicos? Que relações ou conexões elas podem estabelecer entre as pessoas? Para o grupo espanhol Conjuntos Empáticos, essas estruturas atuam como organismos que envolvem os transeuntes com sua leveza, materialidade e o fator surpresa. Elas proporcionam experiências sensoriais diversas em ambientes e espaços públicos, desde intervenções coletivas até momentos de lazer, incentivando a interação social e criando atmosferas que dissociam a escala urbana do espaço doméstico.

This is my Square Intervention / Conjuntos Empáticos

Baseada na Espanha, a associação sem fins lucrativos Conjuntos Empáticos foi fundada em 2012 por Sálvora Feliz, Jose A. Corno, Guillermo González Requeijo, Rodrigo González, Eva Alcalde e Fabiola Marroyo. Entre seus objetivos, a organização busca disseminar conhecimentos nas áreas de arquitetura, arte, pedagogia e novas tecnologias, promovendo boas práticas e fomentando o desenvolvimento desses campos, além de incentivar a participação cidadã e apoiar processos de pesquisa.

A equipe também desenvolve instalações, ações, iniciativas educacionais e a revitalização de espaços em conflito. Segundo os integrantes do grupo, "para nós, a cidade pode ser entendida como um tecido costurado por uma série de espaços articuladores que devem funcionar como ativadores sociais urbanos, materializados em diferentes escalas".

A Conjuntos Empáticos compreende que o design das estruturas infláveis possibilita a interação e a inclusão de diferentes públicos, promovendo uma nova dinâmica social. Entre suas ações, destacam-se algumas instalações que têm gerado impacto significativo.

INSTALAÇÃO TRANS(H)ITOS

Realizada no claustro de Sant Domenec, em Balaguer, de 1 a 15 de outubro de 2022, a instalação TRANS(h)itos fez parte de uma proposta experimental de espaço arquitetônico que recupera histórias únicas de mulheres. A arquitetura efêmera construiu um fluxo de ar contido dentro de uma membrana reflexiva, criando um diálogo com o entorno. Essa atmosfera estranha proporcionou uma experiência sensorial onde espaço, ambiente e memória se entrelaçam entre o patrimônio histórico e a arquitetura contemporânea efêmera.

Instalação TRANS(h)itos / Conjuntos Empáticos

ESFERIFICAÇÕES

Na cidade de Altea, durante o festival La Nit de l’Art em 2022, a instalação Esferificações foi projetada para gerar e promover dinâmicas de socialização em interação com o ambiente ao redor. Através de texturas reflexivas, o espaço foi definido para criar novas relações efêmeras entre realidades estáticas e flutuantes. A membrana foi inflada com ventiladores industriais, e sua configuração em forma de trevo incentivou dinâmicas de movimento, promovendo um maior desfrute do espaço urbano.

Esferificações / Conjuntos Empáticos

This is my Square Intervention

Outra ação emblemática do grupo foi This is my Square Intervention, que promoveu o uso do espaço público para moradores e crianças. As intervenções ocorreram em locais como a Plaza de Callao e Plaza de Matadero, destacando espaços disponíveis para uso e alegria pública. Através de ações prototipadas, busca-se reativar programas em ambientes urbanos, envolvendo um público jovem que interagiu com objetos e estratégias implementadas, fomentando a socialização em espaços urbanos.

This is my Square Intervention / Conjuntos Empáticos

Através dessas e de outras iniciativas, Conjuntos Empáticos demonstra como a arquitetura pneumática pode criar ambientes flexíveis, leves e temporários, incentivando a interação entre diferentes usuários em múltiplos espaços. A organização continua a explorar formas inovadoras de envolver a comunidade através da arquitetura, estabelecendo um diálogo significativo com o espaço público e contribuindo para um urbanismo mais inclusivo e participativo.

Cada projeto desenvolvido reflete a ideia de que as estruturas infláveis não são apenas obras de arte, mas sim pontos de ativação social que promovem novas narrativas e conexões entre pessoas e lugares.

Seguindo essa tendência, podemos esperar que novos conceitos e projetos surjam, ampliando ainda mais o potencial das intervenções artísticas no espaço urbano.

Leia a matéria na integra em: Archdaily


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