Honrando o Rico Legado Cultural de Reggio Calabria
A construção do Centro de Cultura Mediterrânea de Reggio Calabria está oficialmente em andamento. Com uma arquitetura monumental concebida pelo aclamado escritório Zaha Hadid Architects, o novo espaço servirá como um museu e um ponto de encontro cultural para a região sul da Itália. Recentemente, o prefeito de Reggio Calabria, Giuseppe Falcomatà, e o diretor da ZHA, Filippo Innocenti, realizaram a cerimônia de colocação da pedra fundamental, marcando um passo significativo em um projeto que promete transformar a paisagem cultural da cidade.
Um Centro Cultural Multifuncional
O projeto da ZHA foi elaborado para ser localizado na histórica cidade de Reggio Calabria, situada na costa do Estreito de Messina, no sul da Itália. Historicamente, a cidade tem sido um importante portal entre o Mediterrâneo oriental e ocidental, conectando o continente italiano à Sicília e servindo como um ponto central nas rotas comerciais e ecossistemas marinhos.
O novo Centro de Cultura Mediterrânea destacará a rica herança cultural da Calábria, moldada por civilizações marítimas ao longo dos séculos. A proposta do escritório de arquitetura visa complementar os museus arqueológicos e de arte já existentes na cidade, explorando a profunda relação entre a Calábria e o Mar Mediterrâneo. Assim, o projeto garantirá que tanto a história quanto o futuro da região sejam apresentados em um ambiente moderno e dinâmico.
Além disso, o Centro é parte de um amplo projeto de requalificação do litoral de Reggio Calabria, uma área que sofreu degradação ambiental ao longo do tempo. O design da ZHA integra o centro ao Waterfront Reggium, criando um parque urbano costeiro e um extenso calçadão que irá melhorar o acesso à orla e proporcionar vistas deslumbrantes do Estreito de Messina e da Sicília.
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Interiores que Refletem a Vida Marinha da Calábria
Os arquitetos da ZHA imaginam o Centro de Cultura Mediterrânea como um importante espaço cívico e cultural para a cidade de Reggio Calabria. O design reconecta o porto ativo da cidade com o ambiente urbano, tornando-o uma parte integral do espaço público. O centro estará disponível para uma variedade de eventos, exposições e fóruns, ao mesmo tempo em que mostra a relação entre a humanidade e o mar sob uma perspectiva local e calabresa.
Com uma área total de 24.000 metros quadrados, o centro será uma adição significativa à infraestrutura cultural da Calábria. O projeto inclui galerias de exposições permanentes e temporárias, um aquário, instalações de conferências multifuncionais, um auditório e espaços educacionais para as escolas locais. Também contará com amenidades de lazer, como uma livraria e um restaurante, enriquecendo a experiência dos visitantes.
Os interiores do centro são fortemente influenciados pelo ambiente marinho da Calábria, refletindo a biodiversidade da região. A ZHA incorpora cores e formas inspiradas na vida marinha, com especial atenção ao auditório, onde tons de coral evocam a vitalidade do Mar Mediterrâneo. Os espaços internos fluidos do aquário criarão uma experiência imersiva, trazendo à vida o rico ecossistema marinho da Calábria.
O centro será localizado ao longo do Estreito de Messina, um histórico portal entre o Mediterrâneo e a Sicília.
Estratégias de Sustentabilidade
Os arquitetos utilizam modelagem avançada por computador para determinar a composição arquitetônica do edifício, equilibrando pátios públicos e volumes arquitetônicos. Essa abordagem permitirá que a arquitetura proteja os visitantes do intenso sol e dos ventos predominantes característicos do clima da Calábria. Cada pátio oferecerá vistas para o porto, a cidade ou uma varanda panorâmica voltada para o Estreito de Messina.
Em termos de sustentabilidade, o design do centro responde às condições climáticas e ambientais da Calábria. A composição arquitetônica minimiza o calor do verão e o vento, enquanto uma fachada 90% opaca, composta por painéis de alumínio anodizado de qualidade marinha, reduz a captação de calor solar e a demanda de resfriamento. Essas estratégias não apenas diminuem o consumo de energia, mas também alinham-se com metas de sustentabilidade de longo prazo.
Além disso, o compromisso da equipe com a sustentabilidade se estende à paisagem circundante, que contará com maquis mediterrâneo composto por sessenta variedades nativas de plantas. Esse design de paisagem não só aumentará a biodiversidade local, mas também minimizará o uso de água, captando água da chuva no local para suportar a irrigação e as necessidades do edifício, evidenciando uma abordagem holística para o gerenciamento de recursos.
O projeto é parte da requalificação mais ampla do Waterfront Reggium para restaurar a costa.
Com essas iniciativas, o Centro de Cultura Mediterrânea não apenas assegurará um espaço vibrante para a arte e a cultura, mas também demonstrará um profundo respeito pela natureza e pela história que moldaram a Calábria. A expectativa é que, em breve, esse local se torne um símbolo de cultura e sustentabilidade, solidificando ainda mais a identidade da região no cenário mediterrâneo.
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