Crescente Ansiedade Aérea: Incidentes Recentes Geram Preocupação entre Passageiros
Nesta semana, o aeroporto Chicago Midway, nos Estados Unidos, foi palco de um incidente alarmante envolvendo uma aeronave da Southwest Airlines que quase colidiu com um jato particular. Este evento se junta a uma lista crescente de ocorrências preocupantes que têm deixado dezenas de passageiros apreensivos em voos por toda a América do Norte.
Recentemente, o cenário aéreo dos EUA teve outros momentos trágicos, incluindo um acidente fatal sobre o Rio Potomac, próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, além de uma queda de jato Medevac na Filadélfia e um desastre envolvendo uma companhia regional na costa de Nome, no Alasca, resultando na morte de 10 pessoas. Esses episódios têm contribuído para o aumento na ansiedade dos viajantes.
Outros incidentes preocupantes também ocorreram neste mês. Um voo da Delta Airlines teve que fazer um pouso de emergência em Atlanta devido a fumaça na cabine, e outro voo da mesma companhia, o 4819, sofreu um pouso forçado em Toronto, capotando e ficando de cabeça para baixo, mas felizmente sem vítimas.
Esses eventos vêm à tona após trágicos acidentes envolvendo a Jeju Air e a Azerbaijan Airlines em dezembro de 2024, além de uma série de ocorrências, como o desprendimento de um painel de porta de um Boeing e uma colisão em solo no Japão. O aumento desses incidentes levanta questões sobre a segurança da aviação.
Diante deste cenário, surge a pergunta: há motivos reais para temer voar? Ao refletir sobre isso, Anthony Brickhouse, especialista em segurança da aviação nos EUA, afirma: “É crucial que passageiros exijam das autoridades e das empresas aéreas um compromisso firme com a segurança dos voos.”
Ele acrescenta que, apesar dos acidentes, voar continua sendo estatisticamente mais seguro do que dirigir. Brickhouse, que possui décadas de experiência em engenharia aeroespacial e investigações de acidentes, reitera que o transporte aéreo é a forma mais segura de locomoção.
Investigando os Incidentes
Após acidentes, a investigação para entender suas causas é vital. Brickhouse observa que o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) não possuía poder regulatório para implementar mudanças necessárias. “As recomendações do NTSB precisam ser seguidas pela Administração Federal de Aviação (FAA), mas isso nem sempre ocorre de forma rápida”, alerta.
Após a sequência de eventos preocupantes, a FAA criou uma equipe independente para revisar a segurança e, em um relatório publicado em novembro, diversos fatores foram apontados, como tecnologia ultrapassada e escassez de controladores de tráfego aéreo, que afetam diretamente a segurança das operações.
No incidente em Washington, um único controlador de tráfego gerenciava múltiplas funções, uma prática que, segundo especialistas, é comum, mas arriscada. O desastre foi resultado de uma falha sistêmica que reafirma a necessidade de melhorias.
Números que Acalmam
Ao analisar os dados, os números ainda revelam que voar é seguro. O relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) mostra que, em 2024, houve um acidente a cada 880 mil voos, com sete acidentes fatais em 40,6 milhões de decolagens. Apesar disso, o ano passado teve um aumento no número de fatalidades, com 244 mortes registradas a bordo.
Entretanto, as taxas de acidentes estão melhorando. De 2011 a 2015, a média era de um acidente a cada 456 mil voos, enquanto agora é um a cada 810 mil. A segurança aérea melhorou 61% na última década, com chances de morte durante um voo sendo extremamente baixas, comparadas a outras situações do cotidiano.
A Necessidade de Reflexão
Apesar dos dados animadores, a repetição de acidentes fatais em um curto período gera questionamentos sobre a eficácia das normas de segurança. A "normalização da deviação", prática na qual irregularidades se tornam aceitáveis, pode agravar a situação. Brickhouse e outros especialistas sugerem que é fundamental aprender com os erros passados e ajustar práticas antes que tragédias ocorram.
Geoffrey Thomas, editor do site 42,000 Feet, critica a classe política dos EUA por não provê financiamento suficiente para a FAA, o que compromete a supervisão da aviação e o controle de tráfego aéreo.
Vencendo o Medo de Voar
Com o aumento de acidentes, a preocupação sobre a segurança dos voos é real. A aerofobia, ou medo de voar, afeta mais de 25 milhões de adultos nos EUA. A psiquiatra Gail Saltz recomenda que os passageiros enfrentem seus medos através de terapias adequadas, evitando cancelar voos que apenas exacerbam a ansiedade. Técnicas de relaxamento e cursos oferecidos por companhias aéreas podem ajudar.
Conclusão
Embora o cenário atual da aviação mostre uma fragilidade em alguns aspectos, especialistas ressaltam que a indústria continua a ser a forma de transporte mais segura, com sistemas robustos em lugar para investigar e mitigar problemas. O importante é que tanto autoridades quanto passageiros se unam em busca de melhorias contínuas na segurança aérea, para que episódios trágicos não se repitam e que a confiança nos voos seja mantida.
Leia a matéria na íntegra em: CNN
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