Um a Cada Cinco Brasileiros Mora de Aluguel, Mostra Censo 2022
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados alarmantes sobre o aumento de pessoas morando em imóveis alugados no Brasil. De acordo com o Censo 2022, aproximadamente uma a cada cinco pessoas – ou seja, 20,9% da população – vive em um domicílio alugado. Esse número representa um expressivo crescimento em relação a 12,3% registrado no início dos anos 2000 e 16,4% em 2010.
O levantamento apontou que, em 2022, o Brasil contava com 42,2 milhões de indivíduos residindo em imóveis alugados, o que equivalia a 16,1 milhões de domicílios. Essa quantidade representa 22,2% do total de lares permanentes no país.
Tendências Históricas
A participação dos domicílios alugados no Brasil apresentou uma evolução interessante. Entre 1980 e 2000, houve uma queda acentuada nesse tipo de habitação, mas nas duas últimas décadas, essa curva começou a se recuperar. O resultado de 2022 é 1,0 ponto percentual superior ao que foi verificado em 1980, sinalizando uma mudança nas dinâmicas habitacionais brasileiras.
Distribuição Regional
A distribuição de imóveis alugados varia bastante ao longo do território nacional. A região Centro-Oeste ocupa a liderança, com 26,7% da população vivendo em locações. O Sudeste segue na lista com 23,5%, enquanto o Sul apresenta 21%. O Nordeste conta com 16,8% e a região Norte, com 14,9% dos seus habitantes morando em imóveis alugados.
Analisando os dados por município, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, se destaca com a maior taxa de aluguel: 45,2% da população reside em imóveis alugados. Por outro lado, em Cametá, no Pará, a situação se inverte, com apenas 3,1% da população vivendo nessa condição. Um caso notável é o de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, onde mais da metade da população, aproximadamente 52%, mora em locação.
O Perfil do Inquilino
A pesquisa também revelou que a faixa etária entre 25 e 29 anos é responsável pela maior porcentagem de inquilinos, somando 30,3% da população nessa faixa etária vivendo no aluguel. Após os 29 anos, essa proporção diminui gradativamente, alcançando apenas 9,2% entre indivíduos com 70 anos ou mais.
Posição do Proprietário
Apesar do aumento no número de residentes em imóveis alugados, a maioria dos brasileiros ainda vive em suas próprias casas. De acordo com os dados, 72,7% da população reside em domicílios próprios. Isso demonstra uma cultura de propriedade que se mantém forte, mesmo diante das mudanças no cenário habitacional.
No Censo de 2000, a proporção de pessoas vivendo em domicílios próprios era de 76,8%. Em 2010, esse número caiu para 75,2%. A tendência é que a variação nas condições de moradia continue ao longo dos próximos anos, mas com um grande contingente ainda preferindo a segurança de possuir um lar.
Outras Condições de Ocupação
Além dos imóveis alugados e próprios, 5,6% dos brasileiros residem em domicílios cedidos ou emprestados, enquanto 0,8% vivem em outras condições de ocupação. Essas porcentagens também apresentaram queda em relação aos dados de 2000 e 2010, indicando uma consistente redução do uso de ocupações não formalizadas.
Ao observar a evolução dos dados sobre habitação no Brasil, torna-se claro que a locação está se tornando uma alternativa cada vez mais comum para a população. Isso levanta questões sobre a acessibilidade do mercado imobiliário e a necessidade de políticas habitacionais que atendam tanto inquilinos quanto proprietários.
Conclusão
O cenário do aluguel no Brasil reflete uma transformação importante nas dinâmicas sociais e econômicas do país. À medida que as pessoas buscam mais flexibilidade e opções de moradia, o aluguel se torna uma solução viável para muitos. Contudo, é essencial que medidas sejam adotadas para garantir que as condições de aluguel se mantenham justas e acessíveis, promovendo uma habitação digna para todos os brasileiros.
Leia a matéria na íntegra em: CNN
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