Raquel Portugal Silva, de apenas 16 anos, moradora da favela do Areal em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi brutalmente assassinada na última quarta-feira, 11 de dezembro. A área onde vivia é conhecida pelo domínio de milícias, que impõem seu controle sobre a comunidade.

A jovem, mãe de uma filha de um ano, costumava sair com suas amigas, aproveitando a vida e a música, como qualquer adolescente. Contudo, a situação dela mudou drasticamente quando um homem conhecido como “Coruja”, que havia se mudado para a área há pouco mais de dois meses e ligado a grupos criminosos locais, começou a assediá-la. A irmã de Raquel, Evelyn Portugal, relatou que Coruja se tornou obcecado pela adolescente, usando o Instagram e o WhatsApp para tentar convencê-la a iniciar um relacionamento.

Apesar das insistências e do assédio, Raquel se opôs ao miliciano, negando-se repetidamente a aceitar suas investidas. No dia do assassinato, após ser novamente pressionada para se tornar sua namorada, Coruja invadiu a casa da jovem e atirou nela, atingindo-a na barriga diante de sua mãe.

Após o crime, os familiares de Raquel a levaram ao Hospital Municipal Lourenço Jorge na tentativa de salvá-la. Infelizmente, a adolescente não resistiu e faleceu durante a cirurgia. Ela havia comemorado seu 16º aniversário apenas uma semana antes.

Na manhã seguinte ao crime, equipes da Polícia Militar do 31° BPM foram destacadas para a região de Rio das Pedras em busca de Coruja, mas até o momento, seu paradeiro é desconhecido. O caso, que inicialmente foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca, foi transferido para a Delegacia de Homicídios da Capital, que agora conduz as investigações.