Sudeste se Destaca com Mercado Imobiliário Vibrante e Grande Geração de Empregos no Setor da Construção no Primeiro Semestre

Empregos em Alta: Sudeste se Destaca na Construção Civil em 2025

No primeiro semestre de 2025, a região Sudeste do Brasil se destacou ao considerar a criação de empregos na construção civil. Dados recentes revelam que três dos cinco estados que mais abriram novas vagas nesse setor estão localizados na região: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Entre janeiro e julho, São Paulo registrou um saldo de 40.813 novas vagas, Minas Gerais com 20.703 e o Rio de Janeiro com 11.623.

Esses números foram apresentados em Belo Horizonte no evento CBIC Indicadores Regionais Sudeste, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com o apoio do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

São Paulo foi responsável por mais da metade dos empreendimentos lançados no Estado, com um total de 103.576 novas unidades residenciais, sendo 60.544 somente na capital. Essa dinâmica é um indicativo de um mercado imobiliário aquecido, que contribui significativamente para a criação de empregos. A cidade de São Paulo gerou mais de 19 mil postos de trabalho formais nesse período, correspondendo a 55,31% de todas as novas vagas do Sudeste, enquanto Belo Horizonte respondeu por 28,69%.

Notável também é a evolução do setor em relação aos salários. Em julho, a remuneração média de admissão na construção civil alcançou R$ 2.490,54, superando a média nacional, que é de R$ 2.277,51, colocando o setor na liderança dos melhores salários entre as atividades econômicas do país.

Desafios do Setor

Fernando Guedes Ferreira Filho, presidente-executivo da CBIC, enfatizou que, apesar do crescimento e criação de empregos, o setor enfrenta um cenário econômico desafiador. Ele mencionou que os altos juros, a inflação persistente e a incerteza econômica são fatores que têm freado o desempenho do setor. A manutenção elevada das taxas de juros é uma das principais preocupações para a construção civil.

Mercado de Luxo e Minha Casa Minha Vida

Apesar do destaque de São Paulo, a expansão da construção civil não se replicou nas demais capitais do Sudeste. De acordo com dados da Brain Inteligência Estratégica, Vitória registrou uma queda de 53,6% nos lançamentos de novos empreendimentos, enquanto Belo Horizonte e Rio de Janeiro apresentaram reduções de 40,9% e 2,5%, respectivamente. O Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos na região foi de R$ 59.063 milhões, marcando um crescimento de 29,4% em relação ao primeiro semestre de 2024, enquanto o Brasil como um todo cresceu 19,4% durante o mesmo período.

O Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) tem sido um motor de impulso para a construção civil na região Sudeste. Dos 111.704 imóveis lançados no primeiro semestre de 2025, 52,4% são destinados a esse programa, enquanto 44,6% são de médio padrão e apenas 3% de luxo. Em contrapartida, a legislação local em Minas Gerais tem dificultado a expansão do MCMV.

Raphael Lafetá, presidente do Sinduscon-MG, indicou que uma maior flexibilidade na aprovação de projetos imobiliários poderia estimular a atividade econômica no estado. Ele ressaltou ainda que os altos juros impactam a cadeia de produção da construção civil, tornando os imóveis menos acessíveis, principalmente para aqueles que buscam se enquadrar nos limites do MCMV. Contudo, ele acredita na resiliência do mercado imobiliário, que pode se reaquecer rapidamente com políticas eficazes.

Por fim, o estudo da CBIC revela que 48% dos moradores da região Sudeste demonstram interesse em adquirir novos imóveis, com 6% planejando fazer essa aquisição nos próximos seis meses e 24% em até 12 meses.

Para acessar o estudo completo, clique aqui.

Leia a matéria na integra em: cbic.org.br