SUPRA: O Pavilhão que Abraça os Elementos em Daegu, Coréia do Sul
À medida que as paisagens urbanas continuam a se expandir e o Antropoceno redefine a forma como habitamos o planeta, a arquitetura enfrenta o desafio de reinventar os espaços públicos. O SUPRA, uma instalação permanente do estúdio SO?, localizada em Daegu, Coréia do Sul, surge como uma proposta inovadora durante a Bienal Internacional de Suseong. Com uma simplicidade poética, este pavilhão se engaja com elementos naturais e o espaço público, quase como uma obra primal que evoca tradições arquitetônicas coreanas.
Erguido sobre duas grandes rochas, o SUPRA possui uma cobertura de madeira e metal, oferecendo um "interior urbano" onde os visitantes podem encontrar abrigo e descanso. O nome "SUPRA" sugere sua contrapartida "infra", referindo-se ao que está "acima" em vez de "abaixo". Este conceito desafia as infraestruturas urbanas tradicionais que são geralmente ocultas sob a superfície, proporcionando uma experiência com a chuva, luz solar e sons do ambiente.
Uma Reflexão Sensorial
Durante dias de chuva, o SUPRA se transforma em um espetáculo onde a jornada da água é visível, escoando pelo telhado e pelas canaletas. Em dias secos, a cobertura oferece um refúgio sereno, representando a ideia do sociólogo Marshall Berman de um espaço "privadamente público", onde as pessoas podem compartilhar momentos sem se sentirem apertadas.
A instalação foi criada especificamente para a Bienal Internacional de Suseong, que concluiu em outubro de 2024, mas permanecerá por tempo indeterminado em sua localização idílica em Suseong-gu. A proposta da bienal visa repensar como a arquitetura em ambientes urbanos pode fomentar refletir e reconectar as pessoas de maneira tangível e duradoura. A equipe do SO? observa: "Temos notado a relação humano-natureza, percebendo que, ao contrário de Istambul, recursos naturais como montanhas, rios e ventos ainda são palpáveis nas cidades coreanas, mesmo com a predominância da tecnologia." Essa percepção fundamenta a abordagem do estúdio turco em SUPRA, que, ao invés de impor, convida à interação, alinhando-se ao tema da Bienal sobre Campo Relacional.
A Interação entre o Natural e o Construído
O posicionamento do pavilhão é estratégico, situado entre desenvolvimentos urbanos densos e rodovias, além de um lago tranquilo repleto de flores de lótus. Essa dualidade se reflete na estrutura, que representa a interação entre o natural e o construído, criando um espaço sensorial que aguça a conscientização do ambiente em meio à correria da vida urbana.
A simplicidade da forma do SUPRA evoca as tradições arquitetônicas coreanas, enquanto a escolha dos materiais promove um diálogo com o ambiente. A estrutura não apenas atende à necessidade de abrigo, mas também se torna um convite à contemplação, para que os visitantes façam uma pausa e reflitam sobre sua conexão com a natureza ao seu redor.
As imagens do SUPRA capturam a essência de uma experiência arquitetônica que transcende o espaço físico. Com um design intencional e uma sensibilidade única, o pavilhão não é apenas um lugar de passagem, mas um espaço que encoraja a meditação e a reflexão, valorizando a relação entre o homem e seu ambiente.
Conclusão
O SUPRA representa mais do que uma intervenção arquitetônica; é uma proposta que reimagina o espaço urbano como um lugar de interação e contemplação. Ao conquistar a atenção das pessoas em um mundo cada vez mais dominado pela urbanização acelerada, esta instalação permanente em Daegu nos convida a redescobrir a beleza e a essência do que significa estar em sintonia com a natureza, mesmo em meio ao concreto das cidades.
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