Ameaça de Atentado no Show de Lady Gaga em Copacabana
Por Rute Pina | | BBC News Brasil, São Paulo
Às 9h19, um denunciante contatou o número 181, informando sobre a intenção de um grupo criminoso que operava na plataforma Discord de realizar explosões. O alvo principal seriam crianças e a comunidade LGBTQIA+.
Segundo a denúncia, o plano envolvia o uso de coquetéis molotov e mochilas explosivas, com a participação de menores de idade.
Todo relato anônimo é automaticamente registrado na base de dados da Civitas, que utiliza buscas semânticas com palavras-chave para filtrar conteúdos sensíveis. No caso do show, termos como “bomba” e “Lady Gaga” dispararam o alerta.
Com base na denúncia, a equipe de inteligência da Civitas confirmou que o grupo existia e conversava sobre o ataque no Discord.
Após a investigação, foi iniciada a operação chamada “Fake Monster”, em alusão aos fãs da cantora, conhecidos como little monsters. A ação, que envolveu 14 órgãos de segurança, resultou em 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos em quatro estados.
A Polícia Civil destacou que a operação visava não apenas neutralizar o ataque, mas também coibir a disseminação de discurso de ódio direcionado a crianças e à comunidade LGBTQIA+.
No dia 3 de maio, Luiz Fabiano da Silva, identificado como o “líder do grupo”, foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma. Um adolescente também foi apreendido por armazenar imagens de abuso infantil.
Após pagar fiança, Silva foi solto, mas foi preso novamente em 5 de maio por novas evidências que surgiram. As autoridades informaram que o plano era tratado como um “desafio coletivo” para se tornar conhecido nas redes sociais.
Adolescentes eram recrutados para participar de ações violentas em busca de notoriedade, conforme relatado pela Polícia Civil.
O objetivo da ação foi neutralizar potenciais riscos ao público do evento, garantindo a segurança sem causar impacto na realização do show.
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