Minha Casa Minha Vida (foto: Divulgação)
Com 37,6 mil habitações entregues até 2024, Santa Catarina é apenas o 16º estado em números absolutos. No entanto, ao considerar a proporção de habitações entregues por 1.000 habitantes, a situação é ainda pior: o estado cai para a 24ª posição a nível nacional.
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Esses dados serão apresentados nesta sexta-feira (9) durante o Facisc Day, no painel “Quais as estratégias para vencer o gargalo da habitação quando pensamos em importar mão de obra?”. O evento celebra os 110 anos da Acif, no CentroSul.
O estudo revela que Santa Catarina enfrenta um desafio significativo diante do crescimento econômico, que atrai trabalhadores de outros estados e países, mas não oferece moradia acessível. A quantidade de famílias que gastam mais de 30% de sua renda com aluguel aumentou, além do crescimento de 114% no número de domicílios improvisados entre 2016 e 2022.
Esse aumento populacional é impulsionado pela migração de pessoas tanto do Brasil quanto de países vizinhos, resultando no segundo maior crescimento demográfico do país desde o início do Minha Casa Minha Vida, com um aumento de 32% entre 2009 e 2024.
Uma parte considerável dessa nova população é formada por imigrantes, especialmente venezuelanos. Santa Catarina, apesar de estar geograficamente distante da Venezuela, foi o estado que mais recebeu esses imigrantes entre 2018 e março de 2025, somando 27.212 venezuelanos.
Essas pessoas têm contribuído para suprir a demanda por mão de obra no estado, mas é fundamental desenvolver condições socioeconômicas e de infraestrutura adequadas para sua melhor inserção, especialmente para aqueles que vêm de crises humanitárias.
Formas de adquirir uma moradia no Minha Casa Minha Vida
Há duas modalidades disponíveis:
- Imóvel subsidiado pelo Governo Federal: destinado a famílias de menor renda, enquadradas na Faixa 1, que precisam ser indicadas por um ente público ou privado.
- Imóvel financiado pelo FGTS: abrange todas as faixas de renda (1, 2 e 3).
Na primeira modalidade, Santa Catarina ficou na 16ª posição em habitações entregues de 2009 a 2024, totalizando 37,6 mil unidades. Quando se considera a distribuição por 1.000 habitantes, a posição do estado se deteriora, sendo apenas o 24º.
Em termos de entregas anuais, o pico ocorreu em 2014, com quase 13 mil habitações, mas a tendência desde então tem sido de queda, alcançando apenas 971 habitações em 2024.
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