Conferência em Copacabana Antecipe a COP30: Foco no Combate às Mudanças Climáticas
Na última quinta-feira, 12 de dezembro, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) marcou presença na conferência “Caminhos para a COP30: do Global ao Local”, organizada pela Konrad Adenauer Stiftung e pelo CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais. O evento teve como objetivo reunir executivos e especialistas para debater os resultados da COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, e discutir as prioridades para a próxima conferência, a COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025. O hotel Hilton, localizado em Copacabana, serviu como cenário deste importante encontro.
A conferência contou com três painéis temáticos: “Da COP29 à COP30: os compromissos climáticos globais e o papel do Brasil”, “Governos subnacionais pelo clima: governança integrada e desafios para agenda de adaptação”, que teve a participação do chefe-executivo do COR, Marcus Belchior, e “Caminhos para a justiça climática e a inclusão social no Brasil”.
Durante sua atuação no evento, Belchior destacou o papel do Centro de Operações na governança climática em nível municipal. Ele enfatizou a importância de ações voltadas à adaptação e à resposta a eventos climáticos extremos, um desafio constante em uma cidade como o Rio de Janeiro. Além de Belchior, participaram do painel Fernando Preusser de Mattos, Subsecretário de Inteligência Mercadológica da Secretaria da Reconstrução Gaúcha do Governo do Estado do Rio Grande do Sul; Bianca Cantoni, Coordenadora de Relações Institucionais e Advocacy do ICLEI América do Sul; e Ana Abreu, membro do Comitê Rio G20, que atuou como mediadora.
O COR foi criado em resposta a um evento climático extremo que impactou a região. “Em 2010, uma forte chuva golpeou o Morro do Bumba, resultando na morte de mais de 200 pessoas em Niterói e 67 no Rio de Janeiro. Estava com o prefeito naquele dia, e houve total falta de coordenação. Não sabíamos se a Prefeitura estava respondendo, qual era a extensão do impacto, nada. O prefeito percebeu que precisávamos de um local eficaz para tomadas de decisão”, contou Belchior.
O executivo também mencionou que o Rio de Janeiro tem focado seus esforços em um plano de desenvolvimento sustentável claro. “Sabemos, de maneira precisa, quais são os nossos riscos: deslizamentos, inundações, aumento do nível do mar e do calor. A geografia da cidade, combinada com as mudanças climáticas, torna várias áreas vulneráveis, e a Prefeitura já está implementando projetos nessas regiões”, afirmou.
Fernando Preusser, por sua vez, comentou sobre os estragos causados por desastres climáticos no sul do Brasil. “Entre abril e maio deste ano, vivenciamos o maior desastre climático da nossa história, em termos de população afetada e danos materiais. Em um período em que a média de chuva é de 180mm, acumulamos 800mm em apenas 10 dias. Essa quantidade de água equivale a 25 anos de consumo de água do Rio Grande do Sul, um nível de precipitação jamais visto”, revelou.
A escolha de Belém como sede da COP30 destaca a importância da Amazônia no contexto climático global e a necessidade urgente de integrar as discussões mundiais às realidades locais. A expectativa é que a COP30 não seja apenas um momento de debates, mas um marco garantidor de financiamento climático para países em desenvolvimento, promovendo justiça social e ambiental.
O evento atraiu cerca de 100 participantes e preencheu o Salão Cabo Frio do Hotel Hilton, ressaltando a relevância de debates sobre os desafios climáticos que o Brasil e o mundo enfrentam. É crucial que as iniciativas para combater as mudanças climáticas avancem, assegurando que as vozes locais sejam ouvidas e que as ações estejam alinhadas às necessidades das comunidades mais vulneráveis.
Leia a matéria na íntegra em: Centro de operações Rio
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