Rio de Janeiro Inova com Novos Condominios Temáticos: Espaços Exclusivos para Idosos, Comunidade LGBTQIA+ e Evangélicos

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Rio de Janeiro Inova com Novos Condominios Temáticos: Espaços Exclusivos para Idosos, Comunidade LGBTQIA+ e Evangélicos

Condomínios Nichados: A Nova Tendência Imobiliária do Rio de Janeiro

Na Barra da Tijuca, em pleno Rio de Janeiro, um fenômeno interessante está se consolidando no mercado imobiliário: os condomínios especializados. Entre o final da manhã e o início da tarde, o refeitório do Cora Premium Península se transforma em um ponto de encontro vibrante, onde idosos se reúnem para almoçar e compartilhar histórias. Esse condomínio é um dos poucos no Brasil a focar exclusivamente em moradores acima de 65 anos.

O Crescimento do Segmento Nichado

Condomínios que atendem nichos específicos, como o Cora, estão se tornando cada vez mais comuns. Além dos voltados para idosos, há também empreendimentos dedicados ao público LGBTQIA+ e aos evangélicos, como os que estão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Vinicius Loureiro Marques, professor de Incorporação e Construção Imobiliária na Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca que esses projetos promovem um senso de comunidade e pertencimento, além de oferecer opções de segurança.

Um Ambiente Acolhedor

Marlene Nunes, de 88 anos, uma das residentes do Cora, descreve sua vivência no condomínio como um “SPA para idosos”. Ela se sente acolhida, assistida por profissionais que entendem suas necessidades, enquanto desfruta de sua independência. Após um diagnóstico de doença degenerativa e a perspectiva de ir para uma casa de repouso, Marlene fez uma pesquisa e encontrou o residencial, onde se animou ao visitar e decidiu ficar.

Infraestrutura Planejada para Idosos

Inaugurado em novembro de 2022, o Cora Premium Península oferece uma infraestrutura adaptada para suas necessidades. O edifício conta com 103 suítes e 13 flats, equipados com camas antiqueda e pisos antiaderentes. Há também espaços para fisioterapia, hidroterapia, e uma equipe de enfermagem disponível 24 horas. Atualmente, 40 residentes vivem de forma independente, enquanto o geriatra e diretor médico, Felipe Vecchi, ressalta que esse modelo vai além da estrutura de uma casa de repouso convencional.

“Além da vigilância, os residentes têm mais liberdade para sair e realizar suas atividades”, explica Vecchi. Para residir no condomínio, é necessário contratar um serviço que envolve moradia, com tarifas que podem variar, porém, em média, os custos giram em torno de R$ 18 mil mensais. Com a população brasileira envelhecendo, a expectativa é que esses tipos de residenciais se tornem mais populares nos próximos anos.

Demanda por Comunidades Específicas

A tendência de condomínios nichados reflete a crescente demanda por ambientes que proporcionem segurança e conforto para grupos específicos. Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio), observa que essa configuração já é presente em bares e restaurantes e agora encontra espaço na construção de residenciais com áreas comuns voltadas a públicos como cristãos e LGBTQIA+.

Um exemplo disso é o Residencial Clube Manancial da Fé, focado em residentes evangélicos, que será construído em Nova Iguaçu. Almindo Plácido, idealizador do projeto, destaca que embora o condomínio tenha um enfoque religioso, ele é aberto a todos, sem restrições.

Um Espaço para Identidade e Inclusão

Enquanto isso, na Zona Sul, o Edifício Barbarella está surgindo no espaço onde funcionou a boate de mesmo nome, destinado ao público LGBTQIA+. A expectativa é que os moradores encontrem um ambiente onde possam se expressar livremente, sem preconceitos. O incorporador Douglas Drumond menciona que o objetivo é criar áreas comuns que favoreçam essa liberdade.

No entanto, Roberto Bigler, diretor jurídico da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi), alerta que é essencial que esses condomínios respeitem as leis antidiscriminatórias do país, reforçando a importância do princípio da igualdade em todas as interações.

Assim, o crescimento dos condomínios direcionados a públicos específicos no Rio de Janeiro pode representar uma nova fase na forma como a sociedade lida com o envelhecimento e a diversidade, reafirmando o valor das comunidades acolhedoras e inclusivas.

Leia a matéria na integra em: oglobo.globo.com


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