Dividir a casa com estranhos? Para muitos cariocas, essa ideia ainda parece distante. Uma pesquisa realizada pela Loft em parceria com a Offerwise revelou que três em cada quatro moradores do Rio de Janeiro se sentem desconfortáveis com a possibilidade de compartilhar um imóvel com pessoas fora de sua família. Essa resistência é a mais alta entre as capitais do Sul e Sudeste, incluindo São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Embora esse modelo de moradia seja comum em metrópoles internacionais como Berlim, Nova York e Londres, no Rio de Janeiro, apenas 16% dos moradores se mostraram abertos ou totalmente abertos à proposta, mesmo diante dos altos custos de aluguel e das limitações de espaço. O cenário reflete um valor profundamente enraizado no modo de vida carioca, que prioriza o lar próprio, privado e familiar.
Cultura da propriedade e vínculos familiares
No Rio, o sonho da casa própria segue forte — e, em muitos casos, já se torna realidade. O estudo aponta que 49% dos entrevistados residem em imóveis quitados, seja por eles próprios ou por membros da família. Essa estatística ajuda a explicar porque a ideia de morar com desconhecidos é pouco cogitada por grande parte da população.
“O Rio é uma cidade com forte cultura de propriedade e convivência familiar, o que ajuda a explicar essa resistência”, analisa Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Apenas 6% dos participantes afirmaram morar em imóveis alugados com pessoas fora do círculo familiar, destacando que as interações, quando ocorrem, são majoritariamente entre parentes.
Outro ponto a considerar é o perfil geracional. O desconforto com o conceito de moradia compartilhada é ainda mais intenso entre os mais velhos: 48% dos entrevistados da Geração X expressaram total desconforto com a ideia. Esse percentual é quase o dobro do registrado entre a Geração Z, onde apenas 28% demonstraram esse mesmo desconforto.
No entanto, a perspectiva começa a mudar com os jovens. O levantamento mostra que, entre os nascidos a partir de 1995, a abertura para o compartilhamento de imóveis cresce: 18% da Geração Z no Rio se sentem confortáveis ou muito confortáveis com a ideia, superando a média nacional, que é de 8%. No Brasil, 10% dos jovens dessa geração já experimentam algum tipo de moradia compartilhada, quase o dobro da média geral da população.
A pesquisa foi conduzida na segunda quinzena de junho, abrangendo 1.010 pessoas nas quatro capitais analisadas. No Rio, foram realizadas 250 entrevistas, garantindo uma amostra representativa da população local.
Leia a matéria na integra em: diariodorio.com
Obs: Artigos de clipping adaptados e gerados automaticamente por consulta na web com menção da fonte original. Se for algum motivo você acredita que esse artigo está em desacordo. Solicite ajustes ou remoções pelo email: remova@blog.guleal.com.br