Designing for Companionship: Reimagining Urban Life with Pets
Nova Pets Store / say architects. Image © Minjie Wang

A Nova Era de Coabitação: Como os Animais de Estimação Estão Transformando Nossas Cidades

A relação entre seres humanos e seus pets sempre foi profunda e, cada vez mais, o modo como vivemos com esses companheiros se torna essencial. Além de oferecer carinho, os pets se tornaram verdadeiros parceiros de vida, influenciando nossa saúde mental e bem-estar emocional. Entretanto, a conexão emocional não é o único aspecto relevante; a maneira como projetamos e organizamos nossos espaços domésticos tem um papel crítico em moldar a convivência entre humanos e seus amigos de quatro patas.

Desde móveis personalizados até soluções integradas como nichos e alcovas embutidas, a atenção dada a como convivemos com nossos pets está crescendo. Este movimento vai além da simples posse de animais; representa uma evolução mais ampla da companhia, enraizada no suporte mútuo e saúde emocional.

A Integração de Animais nos Espaços Públicos

Além de nossos lares, as conversas sobre como integrar melhor os pets na vida pública estão se expandindo. Além das áreas recreativas como parques para cães, mais infraestruturas urbanas e espaços comerciais estão explorando iniciativas amigáveis para animais. Em Hong Kong, por exemplo, o sistema de Metrô e os ônibus públicos estão adaptando caronas para pets. Parques temáticos, como o Ocean Park, estão introduzindo “Dias de Cão”, permitindo que pets entrem em determinados dias como parte dos benefícios para membros.

Estabelecimentos como bares, cafés e restaurantes — especialmente aqueles com áreas externas — também estão adotando políticas mais abertas para aceitar animais. Essas mudanças refletem um reconhecimento crescente dos pets como membros vitais de nossa sociedade, merecendo uma inclusão pensativa em espaços privados e públicos.

Designs Inovadores para um Futuro Compartilhado

Coabitar com pets exige uma aplicação inovadora da escala dentro dos projetos. Em muitos espaços limitados, como projetar elementos que servem tanto a humanos quanto a animais? Propostas como a “Casa Positiva” da Studio Ruiz Velázquez utilizam formas organicas que equilibram essa convivência. Os elementos arquitetônicos tradicionais são reinterpretados, criando ambientes que favorecem a interação entre humanos e animais, promovendo um lar harmônico.

Em contrapartida, o projeto “Home of Pets” apresenta um desafio de design distinto onde a eficiência e o bem-estar são meticulosamente equilibrados para acomodar 40 gatos em um apartamento compacto. Essa abordagem funcional não apenas lida com questões de higiene e alimentação, mas também busca proporcionar um ambiente agradável para todos os ocupantes.

Espaços Comerciais e Atendimento Veterinário

A convivência com pets também se estende ao âmbito comercial, onde a experiência de compra está sendo repensada para incluir os animais. Projetos como a Nova Pets Store buscam harmonizar as operações espaciais entre humanos e pets, criando ambientes onde ambos podem socializar e desfrutar de experiências em conjunto.

Contrapõe-se a isso a Clínica Veterinária Guayaquil, que adota uma abordagem mais tradicional, proporcionando um ambiente comunitário onde humanos e animais convivem em uma estrutura de espaço airy. Essa proposta sugere uma experiência compartilhada de vulnerabilidade e paciência, nivelando a experiência do ato de esperar.

Um Olhar para o Futuro das Cidades

A discussão sobre a inclusão de animais em espaços públicos ainda está começando. Além de parques para cães, iniciativas como o “gogoland Pet Community” visam criar zonas sociais abertas e centradas em pets. Essa integração com a natureza e o planejamento de espaços pensativos podem transformar a percepção sobre como os pets se relacionam com o espaço urbano.

Essas reflexões continuarão impulsionando a inclusão no design do espaço público, buscando o bem-estar tanto de humanos quanto de animais. Iniciativas como a Architecture for Dogs têm desafiado arquitetos a repensar as interações entre espaços e arquitetura e os pets, abrindo caminho para a possibilidade de iniciativas que beneficiem outros animais de estimação no futuro.