Projetos Centro-Americanos: 6 Exemplos de Espaços Transicionais para Mitigar o Calor em Ambientes com Gradientes de Temperatura

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Espaços de Transição: A Arquitetura que Resfria o Interior nas Regiões Tropicais da América Central

Compreender o gradiente térmico em uma construção é essencial em climas frios ou temperados, onde a vedação em ar e a insulation contínua previnem a perda de calor. Entretanto, essa abordagem não se aplica a regiões tropicais como a América Central, marcada por uma alternância consistente entre estações secas e úmidas. A proximidade do mar, a elevação e a topografia local influenciam microclimas, mas a alta umidade é um desafio comum. As paredes seladas e à prova de ar podem rapidamente se tornar focos de mofo, tornando as estratégias térmicas comuns nos climas temperados problemáticas. Assim, arquitetos locais estão inovando, desenvolvendo abordagens que abraçam a ventilação e a evaporação, permitindo que esses fatores ajudem a gerenciar o conforto interior.

Esses designs criam gradientes térmicos deliberados por meio de transições espaciais. Estudos indicam que a transição gradual do exterior para o interior pode melhorar o conforto térmico. Nas casas apresentadas, esse princípio é frequentemente traduzido em estratégias de fachada bioclimática, como terraços sombreados, beirais profundos e varandas que intermediam entre os exteriores quentes e os interiores mais frescos.

A Casa FT / HRTD Hurtado Arquitectos – Nicaragua


Entrada com canopy da Casa FT, Nicaragua
Entrada com canopy na Casa FT, projeto de HRTD Hurtado Arquitectos, em Nicarágua. Imagem © Carlos Berrios

Localizada em Managua, este projeto minimiza a movimentação de terra ao situar as áreas sociais e a residência em níveis separados, respondendo diretamente à topografia natural do terreno. A estratégia arquitetônica enfatiza a criação de gradientes térmicos nos espaços externos, começando por um canopy linear ladeado por jardins que conduzem os usuários à entrada. Este caminho sombreado não apenas reduz a temperatura ambiente por meio da vegetação, mas também utiliza materiais locais que oferecem alta resistência térmica e contribuem para o resfriamento gradual.

La Piscucha / Cincopatasalgato – El Salvador


La Piscucha em El Salvador
La Piscucha por Cincopatasalgato, em El Salvador. Imagem © Jason Bax

Esta residência em San Salvador é organizada em vários níveis, centrada em uma área de entretenimento que promove a interação com o ambiente natural. O projeto integra jardins e uma piscina que funcionam como elementos de resfriamento passivo, que absorvem radiação solar e circulam o ar fresco pelo piso aberto do andar inferior, melhorando o conforto térmico.

SaLo House / Patrick Dillon – Panamá


SaLo House no Panamá
SaLo House por Patrick Dillon, no Panamá. Imagem © Fernando Alda

Localizada na província de Veraguas, esta casa adota um design ao ar livre que elimina as paredes tradicionais, permitindo a livre circulação do ar. A estrutura do telhado é feita de materiais leves, garantindo proteção contra a exposição solar e promovendo a ventilação cruzada.

Garden House / LSD Architects – Costa Rica


Garden House na Costa Rica
Garden House por LSD Architects, em Costa Rica. Imagem © Andrés Garcia Lachner

Em Tamarindo, a Casa Garden foi concebida para interagir com o ambiente, criando um espaço que não apenas abriga, mas também cultiva. O projeto garante resfriamento passivo e proporciona um laço forte com o ambiente, promovendo a sustentabilidade no longo prazo.

Essas construções exemplificam como a arquitetura pode responder às particularidades climáticas, promovendo ambientes internos confortáveis e eficientes.

Leia a matéria na integra em: www.archdaily.com

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