Por que o Setor Agropecuário Investe em Imóveis de Luxo no Litoral de Santa Catarina?

Barões do agro estão se afastando das tradicionais maquinarias e investindo em imóveis de alto padrão à beira-mar, utilizando o rendimento das safras como forma de pagamento. Este movimento tem ganhado força no litoral de Santa Catarina, e vale a pena entender essa nova dinâmica do mercado imobiliário.

Do campo para o mar: o novo foco de investimentos

Empresários do agronegócio estão direcionando seus esforços para o setor de imóveis de luxo, especialmente no Litoral Norte de Santa Catarina. Eles buscam alternativas para proteger e valorizar seu patrimônio, além de garantir segurança, rentabilidade e liquidez. As cidades de Balneário Camboriú, Itapema e Porto Belo estão se destacando como os principais destinos para esses investimentos.

Quem são os novos investidores?

Com a previsão de uma safra recorde no Brasil, que deve alcançar 325,7 milhões de toneladas até 2025, o interesse por imóveis de luxo no litoral de SC tende a aumentar. As construtoras locais estão notando essa mudança. Por exemplo, a Procave informa que 30% de seus compradores são do agro, enquanto 70% dos investidores da Edify One são ligados ao setor agrícola.

Na cidade de Itapema, entre as mais valorizadas do país, a construtora Gandin também relatou um crescimento significativo no número de clientes do setor, com 70% de sua clientela composta por empresários rurais.

O porquê da atração pelo litoral de SC

Clóvis de Albuquerque, diretor da Procave, destaca que o apelo da região está na qualidade de vida, segurança e infraestrutura de alto padrão que oferece. Para muitos investidores, esses imóveis de luxo representam uma maneira segura de diversificar e valorizar seu capital, especialmente em tempos de incerteza financeira.

“Investir em um imóvel que pode valorizar mais de 60% em cinco anos é uma decisão lógica para quem já está acostumado a lidar com grandes volumes de capital”, afirma Clóvis.

Considerações na hora de investir

Rodrigo Passos Silva, presidente do Sinduscon de Itapema, ressalta que a segurança financeira e a flexibilidade nos pagamentos, atrelados à colheita, são fatores decisivos para esses investimentos. Sem a necessidade de grandes bancos, as transações tornam-se mais diretas e seguras.

“Investidores de regiões como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão se atraindo pela segurança e pelo alto IDH de Santa Catarina, além do apelo turístico e da qualidade de vida”, explica Rodrigo. Itapema, com um dos metros quadrados mais caros do país, e Balneário Camboriú, liderando o ranking, se tornam escolhas óbvias.

O perfil exigente dos novos compradores

A procura por imóveis de luxo nesse segmento reflete um padrão elevado de exigência. Os barões do agro privilegiam propriedades à beira-mar, com acabamentos de alto padrão e completas áreas de lazer.

Muitos destes investidores pretendem utilizar os imóveis como segundas residências para lazer, priorizando a valorização patrimonial em vez de locações comerciais. A Edify One está adaptando seu atendimento para esse público, incluindo características como garagens para automóveis de luxo e vistas panorâmicas.

Pagamentos flexíveis e a safra como parâmetro

Empreendimentos de luxo estão se moldando para atender às demandas do setor agrícola. Marcos Gandin Junior, da Gandin Construtora, menciona que a empresa já oferece opções de pagamento que consideram a variabilidade das safras. Isso permite uma relação mais ágil e um acesso facilitado ao mercado de luxo.

“Facilitamos o pagamento com base nas melhores épocas para a colheita, permitindo que nossos clientes façam investimentos mais tranquilos e flexíveis”, conclui Gandin.

Leia a matéria na integra em: ndmais.com.br