O mercado imobiliário brasileiro vem enfrentando desafios ao longo de 2022, como aponta o levantamento divulgado pelo Secovi-SP. De acordo com os dados apresentados, o número de unidades residenciais lançadas no país registrou uma queda de 8,5% nos nove primeiros meses desse ano em comparação com o mesmo período de 2021. Essa redução impactou diretamente no total de unidades lançadas, que chegou a 199.707 em todo o Brasil.
A Região Sudeste foi a mais expressiva em lançamentos de novos empreendimentos, porém, foi na região Norte que se observou o maior crescimento, com um aumento de 24,6% em relação ao ano anterior. No que diz respeito às unidades residenciais vendidas, a variação foi mínima, de apenas 0,1%, totalizando 225.167 vendas nos primeiros nove meses de 2022. A expectativa para 2023 é de que o mercado imobiliário mantenha um desempenho semelhante ao do ano atual.
O Economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, destacou que as perspectivas para o próximo ano estão condicionadas ao comportamento da economia e às primeiras decisões do novo governo. Segundo ele, a tendência é que o mercado imobiliário continue a se manter em funcionamento relativamente estável.
No que se refere à cidade de São Paulo, o levantamento apontou movimentação de R$ 27,4 bilhões no setor imobiliário até outubro de 2022. A projeção é de que esse valor alcance o patamar de 2021, que chegou a R$ 33,4 bilhões. Dentre as transações realizadas, 23% correspondem ao programa Casa Verde Amarela.
Um dado relevante é que 56,2 mil unidades residenciais novas foram comercializadas na capital paulista entre janeiro e outubro desse ano, sendo que 49% delas são destinadas ao programa Casa Verde Amarela. Em 2021, as habitações populares representavam 51% do total de unidades lançadas, porém, houve uma migração significativa de unidades desse programa para outras categorias em 2022, conforme explica Petrucci.
A estimativa do Secovi-SP é que ocorra uma redução entre 10 e 15% no número de lançamentos em São Paulo em 2022 em comparação com o ano anterior. Essa diminuição reflete as condições do mercado e as mudanças no perfil dos consumidores. É importante ressaltar que o setor imobiliário é uma área sensível às oscilações da economia e a outros fatores externos.
Em um cenário de incertezas e desafios, o mercado imobiliário segue em busca de se adaptar às demandas e expectativas dos compradores, ao mesmo tempo em que precisa lidar com questões macroeconômicas e políticas que impactam diretamente na tomada de decisões dos investidores e consumidores. É fundamental acompanhar de perto as movimentações e tendências desse setor para entender os rumos que o mercado seguirá nos próximos anos.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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