Pagar aluguel no Rio de Janeiro: uma realidade desafiadora
Pagar aluguel no Rio de Janeiro tem se tornado um verdadeiro malabarismo financeiro para muitos moradores. Uma pesquisa realizada pela Loft, em parceria com a Offerwise, revela que cerca de 59% da população fluminense que pretende alugar um imóvel busca opções com valor de até R$ 1 mil mensais.
Na sequência, 25% dos entrevistados procura imóveis que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil, enquanto 13% estariam dispostos a pagar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Apenas 3% aceitam aluguéis entre R$ 4 mil e R$ 8 mil, e valores superiores são praticamente desprezados.
A amostra contabilizou 1,3 mil inquilinos entrevistados entre 26 de setembro e 6 de outubro, representando a população do estado.
A busca por aluguéis acessíveis
Segundo Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft, o panorama do Rio de Janeiro se destaca em comparação a outras partes do Brasil. Ele observa que “essa taxa de moradores interessados em aluguéis de até R$ 1 mil é superior à média nacional, que é de 51%, e à média do Sudeste, que fica em 41%”. Takahashi aponta que o estado apresenta uma forte demanda por imóveis nessa faixa de preço, indicando um “descompasso entre o que as famílias conseguem pagar e o que o mercado oferece; ao mesmo tempo, há uma oferta relativamente maior de opções acessíveis em relação a estados, como São Paulo”.
Jovens priorizam preços baixos
Entre as faixas etárias mais jovens, a busca por aluguéis acessíveis é quase consensual. No grupo de 18 a 24 anos, impressionantes 86% buscam imóveis de até R$ 1 mil, refletindo a realidade de orçamentos limitados no início da vida adulta.
Até mesmo entre as faixas etárias mais velhas, o teto de R$ 1 mil continua atraente, com 67% de indivíduos entre 35 e 44 anos e 57% dos que possuem 45 anos ou mais expressando interesse em não ultrapassar esse valor.
Desigualdade: renda e busca por aluguel
A análise por classe social expõe claramente o impacto da renda nas decisões de moradia. Nas classes C e D/E, as buscas por imóveis até R$ 1 mil alcançam 82% e 100%, respectivamente, evidenciando que poucos conseguem considerar valores mais altos.
Os segmentos com maior poder aquisitivo apresentam maior flexibilidade. Na classe B, metade dos entrevistados está disposta a pagar entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, e 25% aceitam aluguéis entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Estado civil influencia os limites orçamentários
O estado civil também desempenha um papel significativo nas expectativas. Entre os solteiros, 80% buscam aluguéis de até R$ 1 mil, enquanto entre os casados, esse número cai para 23%, indicando uma maior disposição para aluguéis mais altos, geralmente facilitados pela somatória de rendas.
A situação é ainda mais crítica para os separados e viúvos, onde a busca por imóveis até R$ 1 mil atinge 100%, demonstrando que as rupturas familiares costumam pressionar ainda mais o orçamento.
A localização e suas implicações financeiras
A localização também exerce influência nas opções e expectativas. “As expectativas variam de acordo com a localização. Por exemplo, 75% dos moradores do interior do estado buscam aluguéis de até R$ 1 mil, enquanto esse percentual é menor na capital (56%) e na região metropolitana (58%), onde os preços dos imóveis costumam ser mais altos”, explica Takahashi.
Em resumo, onde o metro quadrado é mais caro, mais pessoas são forçadas a considerar valores acima de R$ 1 mil, mesmo que isso impacte negativamente suas finanças. No interior, as opções ainda parecem permitir que a maior parte das famílias busque por aluguéis mais acessíveis.
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