Valorização Imobiliária em São Paulo: O Que Esperar em 2024?
O mercado imobiliário de São Paulo vive um momento de ascensão. Em 2024, o preço dos imóveis residenciais na cidade teve um aumento de 6,56%, a maior alta desde 2014. Essa valorização acentua a posição de São Paulo como uma das capitais com os metros quadrados mais caros do Brasil. O bairro do Itaim Bibi, por exemplo, apresenta o terceiro metro quadrado mais valioso do país, com valores em torno de R$ 18,3 mil, uma alta de 7,4% nos últimos 12 meses, segundo um levantamento da FipeZap.
A Comparação com o Passado
Diante de toda essa valorização, surge uma dúvida: comprar um imóvel está mais caro hoje em dia do que na época de nossos pais? Analisando o Índice FipeZap, os números revelam que, nos últimos 40 anos, os preços dos imóveis aumentaram efetivamente 22,73%. Essa mudança de valor considera a hiperinflação que o Brasil enfrentou até 1994, com a implementação do Plano Real.
Os dados coletados ao longo de 43 anos (1979-2023) mostram que os imóveis tiveram uma valorização média de apenas 0,47% ao ano. Ainda mais surpreendente é que, entre 2015 e 2023, os preços ficaram abaixo da inflação, indicando uma desvalorização real neste período.
O Mercado e a Crença do Investimento
Apesar das oscilações, os brasileiros ainda consideram imóveis como investimentos sólidos. Um exemplo disso é Balneário Camboriú, que tem o metro quadrado mais caro do Brasil, avaliado em R$ 13,9 mil, com um crescimento de 8,50% nos últimos 12 meses. Em geral, a média das 56 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap atingiu R$ 9,3 mil por metro quadrado, com uma valorização acumulada de 7,73%.
Esse aumento representou a maior variação anual desde 2013, superando tanto a inflação quanto a variação média dos preços da economia, conforme indicam os dados do IGP-M/FGV.
Fatores da Valorização
Luiz Alfredo Coelho da Fonseca, diretor administrativo da Coelho da Fonseca Imóveis, destaca que, embora existam mais opções de crédito na atualidade, as restrições urbanísticas impostas pelas cidades encarecem a construção. "As certificações chegam a aumentar o custo dos projetos, o que se reflete nos preços finais", explica.
O diretor comercial da empresa, André Souyoltgis, complementa que a mudança no perfil das empresas também influencia a valorização dos imóveis, já que muitas estão se deslocando para áreas antes não consideradas. Isso aumenta a demanda por moradias próximas aos novos centros corporativos, como a Avenida Faria Lima.
O Impacto do Crédito Imobiliário
A ampliação do crédito nos últimos 40 anos facilitou o acesso à compra de imóveis, permitindo que até mesmo investidores utilizem o financiamento a seu favor. Apesar do aumento nas taxas de juros, que passaram de 6% para 11% ao ano, muitos ainda conseguem aplicar seus recursos em investimentos que rendem de 12% a 13% ao ano, o que torna atrativo o financiamento de imóveis.
Expectativas para 2025
Os especialistas da Coelho da Fonseca estão otimistas quanto ao futuro do mercado imobiliário. Após um crescimento significativo em 2023, eles acreditam que essa tendência de expansão deve continuar em 2025. "Novembro passado foi o melhor mês dos últimos 25 anos, e o início deste ano mostra um movimento igualmente positivo", afirma Fonseca.
A crescente demanda imobiliária está levando algumas incorporadoras a investir na compra de prédios antigos, tanto para demolição quanto para retrofit, mostrando uma nova dinâmica nas práticas de revitalização urbana.
No mercado de alto padrão, projetos assinados por marcas renomadas estão se tornando cada vez mais comuns. Grandes empreendimentos em áreas de destaque, como a Avenida 9 de Julho, têm atraído investimentos significativos, com imóveis de alto valor agregado, incluindo apartamentos de 500 metros quadrados que podem ultrapassar R$ 25 milhões.
Altas de Preços por Tipo de Imóvel
A pesquisa da FipeZap também revela que as unidades com um dormitório apresentaram o maior aumento proporcional de preços, com uma variação acumulada de 8,71%. As unidades de três dormitórios subiram 8,08%, enquanto as de dois e quatro ou mais dormitórios tiveram altas de 7,16% e 6,24%, respectivamente.
Conclusão
Diante da valorização contínua dos imóveis e das mudanças no perfil dos investidores, o mercado imobiliário de São Paulo apresenta um cenário otimista para o futuro. Mesmo com os desafios que surgem, a crença do brasileiro em investir em imóveis continua firme, o que pode fortalecer ainda mais esse setor no próximo ano.
Leia a matéria na íntegra em: Info Money
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