Pavilhão do Japão na Expo 2025 Osaka: um organismo vivo em transformação
A proposta do Pavilhão do Japão, que será apresentado na Expo 2025 em Osaka, é uma criação dos renomados arquitetos Nikken Sekkei e Oki Sato, da Nendo. Este projeto inovador é descrito como uma estrutura auto-sustentável que representa a ideia de transformação contínua e reuso.
Configurado como um organismo vivo, o pavilhão toma a forma de um anel monumental composto por camadas de madeira laminada cruzada dispostas de forma semi-transparente. Sua fachada modular e rítmica apresenta múltiplas entradas e saídas, permitindo que os visitantes vislumbrem o sistema energético biodegradável e as áreas de exposição internas, promovendo uma reflexão sobre o que está “entre” — um princípio central do tema de conexão eterna, sem começo nem fim.
“Ao combinar tecnologia de regeneração, design criativo e conteúdo envolvente, nosso objetivo era criar uma experiência imersiva — não apenas uma vitrine de exposições, mas algo que os visitantes possam ver em ação,” explica Oki Sato.
Estrutura modular para reuso
Ao percorrer o caminho circular do Pavilhão do Japão, que é dividido em três zonas interconectadas, os visitantes são apresentados a diferentes aspectos do tema da circulação, o que garante que cada visita proporcione uma experiência única.
“Desenvolvemos os expositores de forma que não parecessem eventos isolados, mas sim que transmitissem uma sensação de interconexão invisível,” ressalta Sato, ao discutir como o conceito de Mandala foi materializado. “Por exemplo, algas aparecem em diversas formas — como parte de móveis, alimentos ou até mesmo incorporadas a obras de arte utilizando terra diatomácea. Além disso, motivos recorrentes de design são entrelaçados por todo o espaço, ajudando os visitantes a perceber a presença de um ciclo maior que conecta tudo.”
Priorizar o reuso, o impacto ambiental e a narrativa experiencial torna-se fundamental na abordagem de Sato e Nikken Sekkei, buscando garantir que essa arquitetura temporária possa se adaptar a novos contextos e continuar sua vida útil após o término da Expo 2025 Osaka. A construção promove, desde já, os esforços sustentáveis do evento ao imaginar um sistema modular com painéis que podem ser facilmente desmontados e reaproveitados em edifícios em todo o Japão.
Repensando os espaços de exposição convencionais e estáticos, Oki Sato imagina o “pavilhão vivo” como uma planta de biogás que processa o lixo gerado no próprio local da Expo. O processo de decomposição de resíduos orgânicos por microrganismos, que gera biogás para ajudar a alimentar a estrutura, será apresentado como uma instalação interativa, convidando à participação ativa. “Nossa primeira etapa foi identificar os elementos que circulariam pelo Pavilhão do Japão — como resíduos, água, energia, algas e materiais. Cada um desses tem seu próprio ciclo de vida… suas complexas interconexões formam, no conjunto, um ciclo muito maior,” acrescenta Sato. “A intenção é coletar aproximadamente uma tonelada de resíduos alimentares gerados diariamente no local da Expo, utilizando caminhões elétricos e processá-los dentro do próprio pavilhão.”
A estrutura, com sua fachada rítmica, hospeda várias entradas e saídas que também permitem a interação dos visitantes com o projeto.
A arte do “Water Art” se manifesta e se dissipa na grande tela de terra diatomácea na área da fábrica, criando uma experiência única e cativante para os visitantes.
Informações do projeto:
- Nome: Pavilhão do Japão
- Arquitetos: Oki Sato, Nikken Sekkei
- Localização: Osaka, Japão
- Evento: Expo 2025 Osaka
Leia a matéria na integra em: www.designboom.com
Acesse nossa Loja de Imóveis e me chame para uma conversa. « Guleal.com »
Vamos te ajudar a encontrar um lugar para viver tudo que você merece nessa vida. Invista em você e tenha um patrimônio sólido a sua escolha nos 4 melhores lugares do estado do Rio de Janeiro!