Novas Medidas: Chefes do Bope e COE Livres Após Trágica Morte de Jovem

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Exonerações na Segurança Pública do Rio após Tragédia em Festa Junina

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou a exoneração do coronel Aristheu de Góes Lopes, comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), e do coronel André Luiz de Souza Batista, do COE (Comando de Operações Especiais). As medidas ocorreram neste domingo (8) em resposta a uma operação policial que terminou em tragédia.

Durante uma festa junina no morro Santo Amaro, localizado no Catete, zona sul da cidade, uma ação da polícia levou à morte de um jovem de 23 anos. Além disso, outras cinco pessoas ficaram feridas, sendo que uma delas permanece hospitalizada. Todos os feridos estavam presentes na celebração.

A Polícia Militar justificou a operação como uma ação emergencial, alegando que havia informações sobre a presença de criminosos armados no local. A corporação mencionou a possibilidade de uma disputa territorial entre facções rivais na região.

Em uma mensagem compartilhada nas redes sociais, o governador explicou: “Na manhã de hoje, após reunião com os secretários de Segurança Pública e da Polícia Militar, determinei o afastamento imediato dos responsáveis pela operação ocorrida na madrugada de sábado, durante uma festa popular na comunidade do Santo Amaro”.

A operação envolveu dezoito policiais, divididos em duas equipes de nove agentes do Bope cada. Desses, doze foram diretamente envolvidos no confronto e tiveram suas armas apreendidas.

O corpo de Herus Guimarães, um jovem office-boy, foi sepultado na tarde deste domingo. Ele deixa um filho de apenas dois anos. A dor da perda foi mencionada pelo governador, que se solidarizou com os familiares das vítimas: “Me solidarizo com os familiares e amigos de Herus Guimarães Mendes e das demais vítimas atingidas durante a festa. Sei que palavras não trazem ninguém de volta, mas registro aqui minha tristeza e indignação”, escreveu Cláudio Castro.

A investigação sobre o ocorrido está sendo conduzida pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM. O governador assegurou que o Ministério Público terá acesso a todas as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos, enfatizando a necessidade de transparência: “Em conversa com o Ministério Público, garantimos o fornecimento integral das imagens gravadas pelos agentes, para que todas as responsabilidades sejam apuradas”.

A Polícia Militar confirmou as exonerações e o afastamento dos policiais que assumiram a responsabilidade pela operação. A tragédia levanta questões sobre a ação policial e suas consequências, refletindo um panorama complexo da segurança pública no estado.

Leia a matéria na integra em: www1.folha.uol.com.br

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