Uma Nova Era para Conectar o Passado e o Futuro de São Paulo
Em São Paulo, a arquitetura de museus acaba de dar um passo ousado com a conclusão de uma esperada expansão. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, mais conhecido como MASP, agora conta com o novo Edifício Pietro Maria Bardi, que se ergue ao lado do icônico volume flutuante projetado pela arquiteta italo-brasileira Lina Bo Bardi em 1968. Ao invés de tentar ofuscar a construção original, a nova edificação amplia a capacidade da instituição e preserva seu espírito radical. O design final da torre é fruto de uma colaboração entre Júlio Neves e o escritório METRO Arquitetos Associados.
Desde 2019, o projeto, intitulado "MASP em Expansão", vem sendo desenvolvido e culminará na inauguração do Edifício Pietro em novembro de 2024. Essa adição aumenta significativamente a capacidade do MASP para exposições, educação e conservação. Com quatorze andares e 7.821 metros quadrados, o novo prédio dobra a área total do museu, permitindo um programa mais ambicioso que reflete a crescente relevância da instituição no cenário artístico global.
Uma Expansão que Dobra o Espaço do Museu
A ampliação do Museu de Arte de São Paulo, sob a responsabilidade de Júlio Neves e da METRO Arquitetos Associados, mantém um profundo respeito por suas origens. Ao nomear a estrutura original em honra a Lina Bo Bardi e o novo edifício em homenagem a Pietro Maria Bardi, o museu presta uma homenagem simbólica ao trio fundador, ao lado do nomeado Assis Chateaubriand. Essa é uma ação significativa que integra a história ao próprio tecido do ambiente construído do museu.
Enquanto o Edifício Pietro celebra a inauguração de suas novas galerias em março de 2025, sua construção alcançou um marco importante em novembro de 2024. Com essa expansão, a área operacional total do MASP salta de 10.485 para 21.863 metros quadrados. "O MASP cresceu e se tornou maior que seu edifício", afirmou o CEO Heitor Martins, ressaltando que a expansão não foi apenas desejada — foi necessária. Essa não representa apenas uma mudança espacial, mas também uma mudança filosófica, sinalizando o papel do museu como uma instituição âncora na que pode ser a avenida culturalmente mais importante do Brasil.
Exposições de Longo Prazo no Edifício de Lina
A expansão do museu de São Paulo traz uma série de novas capacidades: instalações educacionais aprimoradas, laboratórios modernos de restauração e uma infraestrutura adaptada a uma programação mais inclusiva e diversificada. Essas não são melhorias superficiais — são afirmações estruturais da missão do MASP de ser plural, global e contemporâneo.
Um dos efeitos mais transformadores da expansão é seu impacto no acesso. Com apenas um por cento da coleção de 11.000 peças do MASP anteriormente em exibição, o Edifício Pietro desbloqueia novo espaço para galerias, permitindo exposições de longo prazo na construção original de Lina e mostras temporárias dinâmicas no novo edifício. Essa reorganização, segundo o diretor artístico Adriano Pedrosa, oferecerá "espaço para respirar" na programação e narrativas mais cuidadosas nas propostas curatoriais.
Um museu não se limita apenas às suas galerias. A expansão do museu de São Paulo também fortalece a infraestrutura operacional, ampliando áreas de apoio, como armazenamento, docas de carga e instalações técnicas. Esses espaços, muitas vezes negligenciados, são essenciais para gerenciar uma coleção crescente e uma programação ambiciosa.
Uma Conexão Subterrânea
Talvez a conexão mais literal entre o antigo e o novo na expansão do Museu de Arte de São Paulo seja o passagem subterrânea que está sendo construída sob o museu e a Rua Prof. Otavio Mendes. Essa ligação permite que os visitantes se locomovam facilmente entre os dois edifícios. Além disso, a bilheteira será transferida para o Edifício Pietro, liberando o famoso vão livre — o espaço aberto sob a construção de Lina — como uma verdadeira praça cívica, tal como ela originalmente idealizou.
Os andares inferiores do Edifício Pietro são transparentes, refletindo a abertura da estrutura original. Os andares superiores são envoltos em chapas de metal perfuradas e corrugadas, conferindo uma identidade visual monolítica que equilibra presença com permeabilidade. A luz natural atravessa aberturas cuidadosamente posicionadas — intervenções sutis que atendem às necessidades tanto da arte quanto da arquitetura.
Em diálogo com Heitor Martins, o CEO do museu, e outros líderes da instituição, o falecido arquiteto Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Prêmio Pritzker, enfatizou que o MASP deveria projetar um novo edifício que reunisse todas as funcionalidades necessárias, seguindo uma arquitetura que destacasse o que foi desenvolvido por Lina, sem competir com isso.
Com essa nova era de expansão e renovação, o MASP novamente prova ser um pilar cultural essencial, não apenas para São Paulo, mas para o mundo da arte contemporânea. Através desta transformação, o museu não apenas preserva sua rica história, mas também a projeta para um futuro vibrante e inclusivo.
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