Ação dos Trabalhadores da Petrobrás: Assembleias e Luta por Direitos
Os trabalhadores da Petrobrás enfrentam um momento crítico em suas relações com a gestão da empresa, liderada pela presidente Magda. De 18 a 22 de março, assembleias serão realizadas em diversas unidades para discutir demandas e protestar contra recentes decisões tomadas de forma unilateral pela administração.
Logo no início de 2025, a Petrobrás anunciou a intenção de aumentar em um dia o trabalho presencial, decisão que gerou grande insatisfação entre os trabalhadores administrativos. Em resposta, a categoria organizou um protesto significativo, seguido por uma greve de 24 horas no dia 26 de fevereiro. Entretanto, o clima de tensão se agravou quando a empresa comunicou uma redução de 30% no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um rompimento claro das relações de boa fé que, em tese, deveriam nortear essas negociações.
A falta de transparência por parte da Petrobrás foi evidente no último mês de dezembro, quando os trabalhadores tentaram simular os valores da PLR utilizando uma ferramenta disponibilizada pela própria empresa, sem sucesso.
Pautas das Assembleias em Destaque
Durante as assembleias programadas, os trabalhadores discutirão uma série de reivindicações essenciais. As pautas incluem:
- Cancelamento do cronograma de mudanças no Teletrabalho e abertura de negociações verdadeiras para a inclusão de diretrizes propostas pelos trabalhadores.
- Rejeição à redução da Remuneração Variável e garantia dos valores inicialmente anunciados.
- Negociação do Programa de Cargos e Planos de Carreira (PCCS) único e integrado para todo o sistema da Petrobrás.
- Compromisso com o uso do código 2040 para atender as exigências do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
- Garantia de transferência e auxílio dignos para novos empregados.
- Reforço na convocação de concursados e abertura de novos concursos.
- Revogação dos Planos Especiais de Demissão (PEDs), com a Petrobrás assumindo suas responsabilidades financeiras.
- Defesa dos direitos dos terceirizados inseridos no sistema da Petrobrás, especialmente contra a escala 6×1 que afeta essa categoria.
- Implementação de uma nova política de Saúde e Segurança do Trabalhador, visando eliminar acidentes e doenças no ambiente de trabalho.
Além da pauta geral, as assembleias também permitirão discussões sobre temas específicos de cada unidade, atendendo a questões locais que afetam diretamente os colaboradores.
O Que Está Acontecendo com o Teletrabalho?
A presidente Magda vem tentando impor um "Termo Adicional Individual" que, segundo os trabalhadores, representa um retrocesso significativo nas condições de trabalho. Em meio a este cenário de insatisfação, o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) já chamou a atenção para a necessidade de uma maior abertura de diálogo por parte da gestão da Petrobrás, um ponto crucial para reestabelecer a confiança entre as partes.
Repercussões da Redução da PLR
Em relação à polêmica redução da PLR, o Sindipetro-RJ indicou alternativas que poderiam permitir à empresa manter os valores previamente simulados pelos trabalhadores. A união dos colaboradores é vista como um fator determinante para garantir conquistas e assegurar direitos fundamentais.
O Chamado à Mobilização
A realidade atual requer que os trabalhadores se mobilizem para fortalecer suas reivindicações. “Só com a unidade de todos os trabalhadores será possível obter conquistas e garantir direitos!”, enfatizam os representantes sindicais.
O Calendário das Assembleias
Um calendário atualizado das assembleias será disponibilizado nos próximos dias, conforme o agendamento e atualização das atividades. A participação ativa nas reuniões programadas é fundamental para que as demandas dos trabalhadores sejam ouvidas e respeitadas.
As assembleias de 18 a 22 de março são uma oportunidade vital para todos os trabalhadores da Petrobrás que desejam se posicionar contra os ataques da gestão. A presença massiva nas reuniões pode ser o primeiro passo para reverter as determinações atuais e assegurar um ambiente de trabalho mais justo e equitativo.
Leia a matéria na íntegra em: sindipetro.org.br
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