Memorial Brumadinho: Um Espaço de Luto e Esperança
A cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, inaugurou um memorial que presta homenagem às 272 vítimas do trágico rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrido em janeiro de 2019. Com projeto assinado pelo renomado escritório de arquitetura Gustavo Penna Arquitetos Associados (GPAA), o Memorial Brumadinho está aberto ao público desde o início de 2023, oferecendo entrada gratuita aos visitantes.
A concepção do espaço partiu de um esforço conjunto das famílias das vítimas, que colaboraram com os arquitetos para transformar a dor da perda em um lugar de reflexão e aprendizado. Segundo Gustavo Penna, o objetivo do memorial é “preservar as histórias e ressignificar o local da tragédia”. Ele descreve o espaço como “um gesto de superação” que deve ser conhecido e visitado.
Com uma área de 1.220 metros quadrados, o Memorial Brumadinho foi construido sob a gestão da Fundação Memorial de Brumadinho. O projeto inclui diversas áreas que prestam tributo às vítimas do desastre, como uma seção retorcida e fragmentada, simbolizando o impacto devastador do rompimento.
Um dos destaques do memorial é a drusa de cristais, que os familiares das vítimas chamam de “joias”. Todo dia 25 de janeiro, no horário exato do desastre, um feixe de luz ilumina as pedras, evocando a escuridão que marcou aquele momento trágico.
A estrutura do memorial apresenta uma fenda escavada nas paredes laterais, onde estão gravados os nomes de todos os que perderam suas vidas no acidente. Esse trecho, que se estende por 230 metros, foi projetado para conduzir os visitantes à introspecção, refletindo sobre a fragilidade da vida diante de tragédias.
“Não é apenas uma construção erguida em um único ponto; o memorial é um território que se expande. O bloco central serve como recepção, enquanto a fenda indica o local do rompimento", explica Penna.
No final da fenda, os visitantes são apresentados às áreas chamadas Memória e Testemunho. Esses espaços homenageiam as vítimas por meio de fotografias e objetos pessoais, elaborados pela cenógrafa Júlia Peregrino. Além disso, o Memorial Brumadinho também abriga um mirante e um bosque, que marcam o caminho por onde a lama devastadora passou. Ali, foram plantados 272 ipês amarelos, um para cada vítima, simbolizando a continuidade da vida e a esperança de um futuro melhor.
“É um parque para passear, mas também é um território de memória”, afirma o arquiteto. O espaço foi cuidadosamente pensado para equilibrar a lembrança e a superação, oferecendo um refúgio para aqueles que buscam recordar e honrar as vítimas.
Localizado na Rua Hum, nº 100, no Bairro Córrego do Feijão, o Memorial Brumadinho está aberto de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 17h30, assim como aos sábados, domingos e feriados. No entanto, o local permanece fechado às segundas e terças-feiras.
Para mais informações, você pode visitar o site oficial do Memorial Brumadinho.
O Memorial Brumadinho se estabelece não apenas como um tributo à memória dos que partiram, mas também como um espaço de reflexão sobre a importância da segurança e da conscientização em relação a desastres ambientais. Em tempos onde a preservação da vida e dos ecossistemas é fundamental, este memorial se torna um lembrete doloroso, mas necessário, do que pode acontecer quando a negligência impera.
Leia a matéria na íntegra em: CNN
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