Má história em Campo Grande: O Lamento de um Patrimônio Abandonado

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Casa Histórica em Campo Grande: Um Patrimônio em Perigo

Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, é rica em história, e um dos seus patrimônios mais icônicos, a Vivenda Ignácio Gomes, está em uma situação alarmante. Localizada no cruzamento das ruas Antônio Maria Coelho e 13 de Maio, a casa tombada pelo município em 2018 foi novamente alvo de um triste episódio de abandono, refletindo o descaso que o local vem enfrentando há mais de 20 anos.

Recentemente, após uma chuva intensa, parte de uma árvore cedeu e destruiu o que restava da fachada da residência, que estava avaliada em R$ 1 milhão. O taxista Mário Vilela, que passava pelo local no momento do incidente, descreveu a cena como desoladora; a queda da árvore revelou a fragilidade do imóvel, que continua deteriorando-se dia após dia.

Originalmente pertencente ao ex-vereador Paulo Pedra, a casa foi vendida em 2021 para a Igreja Palácio de Deus, que tinha a intenção de restaurar o espaço e transformá-lo em um abrigo para moradores de rua. No entanto, os altos custos e as exigências burocráticas impostas pela prefeitura tornaram a restauração inviável. O plano da igreja rapidamente virou um projeto com dificuldades financeiras, e em 2024 a propriedade foi novamente colocada à venda, em busca de um investidor que possa revitalizá-la.

O complicado histórico do imóvel se intensifica com questões judiciais não cumpridas. Apesar de ser um bem tombado, o ex-vereador Paulo Pedra enfrentou ações judiciais que o obrigavam a arcar com a recuperação do local. A falta de cumprimento levou o Ministério Público Estadual a intervir, já que ele não apresentou o projeto de recuperação à Secretaria Municipal de Turismo, conforme determinado por uma sentença de 2019.

Construída na década de 1920, a Vivenda Ignácio Gomes ficou conhecida por sua arquitetura histórica. O processo de tombamento foi fruto de um longo imbróglio entre o proprietário e o município. Inicialmente, o objetivo da compra por parte da Igreja Palácio de Deus era nobre: proporcionar um abrigo para aqueles em situação de vulnerabilidade. Porém, o pastor Gilberto Martins Reginaldo lamenta que os planos foram frustrados devido ao elevado custo estimado para a restauração – cerca de R$ 1 milhão, segundo avaliação arquiteta em 2019.

Para o pastor, o valor exorbitante e as exigências precisas para o restauro transformaram o projeto em um verdadeiro pesadelo burocrático. "O que o município pede é inviável. Para restaurar a casa, é preciso levar materiais de lugares longínquos e seguir normas específicas, o que encarece muito o projeto", desabafou.

Agora, a Vivenda Ignácio Gomes, um símbolo do passado histórico de Campo Grande, vive à mercê do tempo e do descaso. Sem novas propostas viáveis de restauração, sua venda representa uma última esperança para aqueles que desejam preservar a cultura e a história da cidade. Resta saber se um investidor terá a sensibilidade e a capacidade financeira de restaurar essa joia arquitetônica e devolvê-la à comunidade, garantindo que seu legado perdure pelas próximas gerações.

A situação da Vivenda Ignácio Gomes é um alerta sobre a importância de cuidarmos do nosso patrimônio histórico. Sem iniciativas efetivas e um compromisso coletivo em preservar esses bens, o que resta da nossa história pode se perder para sempre, como folhas caindo ao vento.

Leia a matéria na íntegra em: www.campograndenews.com.br


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