O cenário da compra de imóveis em leilão está se transformando, revelando um perfil de comprador cada vez mais diversificado. Uma pesquisa realizada pela plataforma Zuk aponta que mais de 40% dos compradores atualmente são das gerações Z (nascidos entre 1997 e 2012) e Millennials (entre 1981 e 1996). As gerações anteriores, como a Geração X (1965-1981) e os baby boomers (1945-1964), ocupam o segundo e terceiro lugares entre os consumidores, respectivamente.

Este ano, o preço médio das transações de imóveis em leilão gira em torno de R$ 400 mil, o que indica um investimento significativo por parte dos compradores. O estudo revela também que 73% dos compradores são homens, enquanto as mulheres somam 18%. Quando analisamos o perfil demográfico de quem compra, observa-se que mais de 90% são pessoas físicas, enquanto apenas 7% pertencem a entidades jurídicas. Além disso, os casados e aqueles em união estável representam mais de 50% dos compradores, em comparação com apenas 32% de solteiros.

A diversidade profissional dos compradores também é notável, incluindo empresários, advogados, engenheiros, administradores, comerciantes e bancários. A pesquisa destaca que o interesse em leilões de imóveis está concentrado nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia, embora haja compradores em todos os estados do Brasil.

Para aqueles que desejam investir neste segmento, é importante estar atento aos detalhes do processo. A maioria das unidades disponíveis em leilão encontra-se ocupada, e a responsabilidade pela desocupação geralmente recai sobre o arrematante. O advogado Leandro Sender aconselha que os compradores façam uma análise detalhada dos custos envolvidos na retirada dos ocupantes e o tempo estimado para a desocupação do imóvel. “Ler atentamente o edital é fundamental, pois ele contém todas as condições para a arrematação do bem”, destaca Sender.

“Este modelo de aquisição pode ser vantajoso, desde que o interessado compreenda plenamente o processo”, complementa o advogado. “Se houver dúvidas, é prudente buscar a orientação de um profissional especializado”.