Aumento dos Aluguéis em Joinville: O Que Está Por Trás da Alta de 17,94% em 2024?
Joinville, uma das cidades mais populosas de Santa Catarina, viu seus aluguéis residenciais subirem impressionantes 17,94% em 2024, conforme revelado pelo Índice FipeZAP. Esta marca coloca Joinville na quinta posição entre as cidades brasileiras que mais tiveram alta nos preços de locação, refletindo uma tendência que tem chamado a atenção de economistas e moradores.
O Panorama do Mercado de Aluguéis
O Índice FipeZAP, que acompanha os preços de locação em 36 cidades do Brasil, indica que o valor do aluguel residencial em Joinville se destaca num contexto de elevações significativas. Os números também mostram que a valorização acumulada no setor foi de 13,50% ao longo de 2024, embora este crescimento tenha sido menos acelerado que nos dois anos anteriores, que registraram altas de 16,55% e 16,16%, respectivamente.
Ranking das Cidades com Maior Alta nos Aluguéis
- Salvador: +33,07%
- Porto Alegre: +26,33%
- Campo Grande: +26,55%
- Campinas: +19,32%
- Joinville: +17,94%
Esses dados demonstram não apenas a força do mercado imobiliário, mas também a pressão que o aumento da procura exerce sobre os preços.
Fatores que Impulsionam o Aumento
Segundo o economista Fabiano Dantas, a alta nos preços está diretamente ligada ao aumento da demanda por imóveis em Joinville, especialmente devido à migração para a cidade. “Quando há aumento na procura por qualquer produto, a tendência é que o preço cresça”, afirma Dantas. Ele ressalta ainda que a boa taxa de empregabilidade da região torna Joinville atraente para novos moradores, o que intensifica essa demanda.
Outro fator relevante é a inflação, que não só impacta os custos de vida como também pressiona o mercado imobiliário. A alta nos aluguéis é, portanto, uma conjugação de fatores que incluem a economia local e os padrões de consumo.
Reajustes e a Influência do IGP-M
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou 2024 com um aumento acumulado de 6,54%. Este índice é uma referência importante para reajustes de aluguéis e afeta diretamente as decisões dos proprietários e as imobiliárias da região.
Cátia Erhart, diretora de locação da Anagê, destaca que a estabilidade do IGP-M em 2024 permitiu um planejamento mais assertivo nos reajustes. Segundo ela, a crescente demanda por aluguéis em Joinville, associada à limitada oferta de imóveis, é uma das causas principais que levaram à alta de 17% nos valores.
Tatiane Cacharowski, gerente geral da Imobiliária Norte, enfatiza que a adequação dos contratos às condições do mercado trouxe mais estabilidade, embora alguns imóveis que estavam há tempos sem ajustes precisassem ser revistos para refletir o valor real no mercado.
Preço do M² e Suas Discrepâncias
Apesar da alta expressiva nos aluguéis, o preço médio por metro quadrado em Joinville é de R$ 33,17, um dos mais acessíveis entre as cidades comparáveis. Essa diferença se deve, em grande parte, ao tamanho e à diversidade da cidade, que possuem bairros com características muito distintas.
“Em cidades menores, os preços costumam ser mais homogêneos. Já em Joinville, a variedade de bairros e suas particularidades provocam uma ampla gama de preços”, explica Dantas.
A Visão dos Investidores
Para proprietários de imóveis e investidores em Joinville, o cenário atual pode ser visto como positivo. Segundo Cátia Erhart, a rentabilidade média do aluguel na cidade é de 5,19%, abaixo da média nacional, mas ainda assim representa uma oportunidade para quem possui imóveis para locação.
Fabiano Dantas alerta, no entanto, que o simples aumento do aluguel não garante uma rentabilidade real mais elevada, uma vez que custos adicionais com manutenção e despesas operacionais podem corroer o retorno esperado. Ele ressalta a importância de uma visão de longo prazo para quem busca rendimentos no mercado imobiliário.
Expectativas para 2025
As projeções para o próximo ano indicam uma estabilidade nos preços de aluguel, a menos que ocorram mudanças drásticas na economia. Fabiano Dantas aponta que, com a atual situação econômica, não se esperam aumentos significativos. Entretanto, segundo Cátia Erhart, a continuidade da escassez de imóveis residenciais pode manter a pressão para novas altas nos preços.
Concluindo, Joinville apresenta um cenário complexo e dinâmico no mercado de locação, onde a interação entre demanda, inflação e peculiaridades locais configura um ambiente que merece atenção constante, tanto para locatários quanto para proprietários e investidores.
Leia a matéria na íntegra em: omunicipiojoinville.com
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