Interesse Imobiliário em Alta: Descubra os Principais Desejos dos Compradores no Brasil

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Interesse Imobiliário em Alta: Descubra os Principais Desejos dos Compradores no Brasil


A intenção de compra de imóveis no Brasil alcançou um patamar histórico. Uma pesquisa realizada pela consultoria Brain revela que 49% dos entrevistados planejam adquirir um imóvel nos próximos 24 meses, marcando o maior índice desde o início da série histórica em 2020. O estudo focou em pessoas com renda mensal a partir de R$ 2,5 mil.

Os grupos com maior interesse na compra são os jovens da geração Z, as famílias com renda superior a R$ 20 mil e os moradores da região Sudeste. O apartamento é o tipo de imóvel mais procurado, seguido de casas em ruas, especialmente em áreas do interior do país.

Para consumidores de alta renda, com salários acima de R$ 20 mil, a intenção de compra é ainda mais expressiva, atingindo 58%. Desses, 48% preferem apartamentos, 20% optam por casas em condomínios fechados e apenas 24% têm interesse em residências em ruas.

Não apenas as intenções estão em ascensão; também observa-se um aumento significativo nos preços dos imóveis. Entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, os imóveis com preços entre R$ 600 mil e R$ 800 mil cresceram 166%, enquanto aqueles acima de R$ 800 mil tiveram um aumento de 50%.

Dentre os principais motivos para a aquisição de um novo imóvel, 45% dos participantes destacam momentos de transição na vida, como sair do aluguel ou casar, enquanto 34% buscam uma residência maior e melhor. Para Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain, o atual cenário é favorável para a compra de imóveis, visto que as pessoas enxerga oportunidades de aprimorar suas vidas através da aquisição de moradia própria.

“As pessoas querem melhorar suas condições de vida. Com o desemprego abaixo de 6%, a renda do brasileiro atingiu recordes e o mercado financeiro apresentou resultados positivos. Embora a economia mostre sinais de desaceleração, o cenário atual beneficia o consumidor, que deseja não perder essa chance”, comenta Araújo.

Entretanto, a taxa de juros Selic, que está em 15%, representa um desafio para o mercado imobiliário, afetando especialmente as incorporadoras. Contudo, essa taxa não se reflete da mesma forma nos financiamentos, que atualmente variam entre 11% e 12% ao ano.

Para Araújo, a maior intenção de compra entre pessoas com alta renda está ligada ao interesse por imóveis como investimentos, seja para revenda ou locação. A rentabilidade do investimento em imóveis, segundo um estudo realizado pelo FGV IBRE e o QuintoAndar, alcançou 19,1% nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte em 2024. Desses, 6,2% correspondem ao aluguel e 12,9% à valorização do imóvel.

Apesar do elevado interesse pela aquisição de imóveis, a realidade é que muitos ainda não iniciaram a busca. Apenas 9% estão pesquisando online e apenas 4% visitam imóveis. Segundo Thiago Yaak, CEO da Liquid, o grupo que ainda não começou a busca representa um potencial de demanda que pode entrar no mercado gradualmente, dependendo das condições disponíveis.

Lacuna no mercado

O estudo da Brain ainda aponta uma lacuna no mercado para aqueles que têm renda entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, classificados como classe média. Para esse público, a Selic elevada encarece o financiamento, resultando em parcelas que podem não caber no orçamento, levando a uma necessidade de economizar mais antes da compra.

Uma das soluções recentes do governo foi a introdução da faixa 4 do programa Minha Casa Minha Vida, voltada para famílias com renda de até R$ 12 mil e imóveis de até R$ 500 mil. No entanto, esses projetos ainda estão em fase inicial e podem levar de um a dois anos para se tornarem uma opção consolidada no mercado.

De acordo com Yaak, a renda acima de R$ 20 mil proporciona conforto para a compra, enquanto a faixa até R$ 5 mil depende bastante de programas habitacionais. Assim, o produto voltado para a faixa 4 pode preencher a lacuna existente, tendência que tenderá a se fortalecer nos próximos trimestres.

O tamanho dos imóveis também se mostra um fator crucial na decisão de compra, com a renda limitando as opções, especialmente para novos lançamentos. Em São Paulo, o tamanho médio de um apartamento do Minha Casa, Minha Vida gira em torno de 33 m² a 35 m², enquanto no Nordeste, a média é de 45 m².

Para o executivo da Brain, a falta de novos lançamentos a preços acessíveis tem levado muitos consumidores a buscar imóveis usados. O aumento das vendas, embora beneficie algumas incorporadoras, ainda apresenta dificuldades de viabilidade para projetos específicos da faixa 4 do programa habitacional.

Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano & Plano, menciona que a empresa tem expandido suas operações para atender esse público e observa um aumento na demanda por imóveis localizados em áreas privilegiadas e próximas ao metrô. Esses novos projetos tornam-se atraentes para investidores, especialmente em áreas com potencial de locação de estudantes ou executivos.

Leia a matéria na integra em: www.estadao.com.br


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