Insegurança em Angra dos Reis: Moradores Deixam seus Lares em Busca de Tranquilidade

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Impactos da Violência em Angra dos Reis no Mercado Imobiliário

RIO — A guerra do tráfico de drogas em Angra dos Reis, localizada na Costa Verde, tem gerado uma onda de violência que já se reflete no mercado imobiliário da região. Um levantamento realizado pelo Sindicato da Habitação (Secovi-Rio) aponta que o valor das casas de rua caiu 32% em 2023 em comparação com 2016. O preço do metro quadrado, que antes era de R$ 7.723, reduziu para R$ 5.251. Os imóveis em condomínios também não escaparam das consequências, com uma diminuição de 14,4% no preço do metro quadrado, que passou de R$ 7.689 para R$ 6.585.

Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi, comenta sobre a situação: “A procura caiu muito. A crise econômica do estado já tinha impactado o mercado imobiliário, e a violência se tornou uma espécie de xeque-mate. As pessoas não se sentem mais seguras ao passar pela rodovia Rio-Santos.”

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Na última sexta-feira, moradores da comunidade da Lambicada realizaram um protesto, interditando a rodovia ao levarem um cadáver para a pista em resposta a uma ação da Polícia Militar na favela.

Com a desvalorização do mercado imobiliário na região, muitas casas estão sendo postas à venda. Contudo, a dificuldade de fechar negócios tem levado os proprietários a serem mais flexíveis nas negociações. “Sabemos de casas que estão à venda há anos e não conseguem vender. Um imóvel avaliado em R$ 5 milhões pode ser negociado por R$ 2,5 milhões. Em alguns casos, os donos acabam alugando por temporada para cobrir os custos,” explica Schneider.

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O setor de turismo também enfrenta sérios desafios, com cancelamentos de reservas subindo entre 20% e 25% em períodos de intensificação da violência, conforme João Willy Seixas Peixoto, presidente da Fundação de Turismo de Angra dos Reis. “Nosso verão foi tranquilo, com dezembro e janeiro calmos, mas esses eventos recentes geram uma imagem negativa da cidade, fazendo com que turistas desistam de visitar,” afirma.

A escalada do crime organizado em Angra dos Reis é evidente nos números de prisões e apreensões de adolescentes por delitos relacionados ao tráfico de drogas. Em 2008, 43 pessoas foram detidas por tais crimes; em 2022, esse número saltou para 601, representando um aumento de 14 vezes em uma década.

“X,” uma residente de uma comunidade marcada pela presença de grupos rivais, decidiu deixar Angra há cerca de um ano. Ela vendeu sua casa, ainda mobiliada, e agora vive de aluguel em uma cidade próxima. Em busca de segurança, fugiu com a família da violência que se tornou parte do cotidiano em um dos principais destinos turísticos do estado do Rio de Janeiro. “Fizemos o que pudemos para sair de lá, pois já não nos sentíamos seguros. Até ir ao mercado, algo simples, se tornou uma experiência assustadora,” lamenta.

O aumento da criminalidade em Angra se reflete na alta de outros delitos. O delegado Celso Gustavo, da 166ª DP de Angra dos Reis, alerta que crimes como roubos e homicídios também têm aumentado, assim como os confrontos com a polícia. “A maioria dos crimes, especialmente os de violência letal, está relacionada ao tráfico,” afirma o delegado.

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