Proprietário de administradora imobiliária foi preso na manhã desta sexta-feira.
Ronaldo Bernardi/Agencia RBS
A UP Gestão Imobiliária, uma empresa responsável pela administração de condomínios em Porto Alegre, está no centro de uma investigação que aponta para desvio de dinheiro em pelo menos quatro bairros da cidade. Nesta sexta-feira (24), o proprietário da imobiliária foi detido, e sua esposa também é alvo das investigações.
Embora a Polícia Civil não tenha divulgado os nomes envolvidos, a reportagem do Zero Hora confirmou que o detido é Almir Romeu Vasques da Silva. As investigações indicam um desvio de R$ 4 milhões em 15 condomínios, sendo o bairro Petrópolis o mais afetado, onde a empresa estava localizada. Outros bairros envolvidos incluem Higienópolis, Santana e Jardim do Salso.
O delegado Juliano Ferreira, da 8ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, informou que a imobiliária não cumpria com pagamentos de contas básicas, como água e luz, acumulando dívidas significativas para os condomínios. Um dos edifícios, por exemplo, deve R$ 54 mil apenas em contas de água.
“Os condomínios foram alertados sobre a situação, pois começaram a receber cobranças de serviços essenciais que não estavam sendo pagos, mesmo após terem realizado os pagamentos à administradora”, esclarece o delegado. Ele também ressaltou que até mesmo seguros não estavam sendo pagos, o que gerava riscos consideráveis para os moradores.
Após sua prisão, Silva reconheceu os atrasos nas contas, mas afirmou que a empresa havia falido e que estava tentando quitar as pendências. “Consegui resolver a situação de muitos condomínios. Eu trabalhava bastante, desde que meu sócio se afastou”, comentou.
Questionado sobre os motivos para a falta de pagamento aos prestadores de serviços, Silva respondeu: “Eu acho que me perdi”.
Além de não repassar os recursos àqueles que prestavam serviços, a investigação revelou que Silva e sua esposa utilizavam empresas laranjas para realizar serviços de limpeza nos prédios, controlados por eles. Foram identificados pelo menos cinco CNPJs relacionados ao casal, usados para movimentar dinheiro e ocultar recursos.
“Existem dois crimes bem claros: o de apropriação indevida e o de estelionato. A mulher dele criou empresas para evitar a concorrência e garantir contratos”, afirmou Ferreira.
Os serviços, embora prestados, eram deficientes, com relatos de que produtos de limpeza eram substituídos por água.
Silva e sua esposa enfrentarão acusações de apropriação indébita, estelionato e lavagem de dinheiro. A polícia agora se concentrará em identificar outros condomínios afetados, com a expectativa de que os valores desviados sejam maiores do que os atualmente registrados. Também será investigado o destino dos recursos desviados e possíveis bens adquiridos de forma ilícita.
Contraponto
A reportagem busca contato com Almir Romeu Vasques da Silva, e o espaço está aberto para manifestações.
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