O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) apresentou deflação de 0,95% em setembro, seguindo a queda de 0,7% registrada em agosto, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) nesta terça-feira (29).
Este resultado coloca o índice com uma alta acumulada de 6,61% no ano e de 8,25% nos últimos 12 meses. Comparativamente, em setembro de 2021, o IGP-M havia registrado uma deflação de 0,64%, acumulando alta de 24,86% em 12 meses.
O IGP-M é conhecido como “inflação do aluguel”, pois é utilizado para reajustar uma parcela significativa dos contratos de aluguel no país.
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), houve uma queda de 1,27% em setembro, após uma redução de 0,71% em agosto. As variações nos preços das commodities e dos combustíveis continuaram a influenciar os resultados do IPA. Por exemplo, o preço do minério de ferro teve uma queda de 4,81%, enquanto os preços do diesel e da gasolina também recuaram no mês.
A análise por estágios de processamento revela que o grupo Bens Finais teve uma queda de 0,39% em setembro, com destaque para os alimentos processados. Já o grupo Bens Intermediários apresentou uma redução de 1,47%, impulsionada principalmente pelos combustíveis e lubrificantes para a produção. As Matérias-Primas Brutas caíram 1,84% no mês, com impacto de itens como leite in natura, bovinos e cana-de-açúcar.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a variação foi de -0,08% em setembro, após uma queda de 1,18% no mês anterior. O grupo Educação, Leitura e Recreação teve um acréscimo significativo, com destaque para a passagem aérea. Outros grupos como Transportes, Habitação, Vestuário, Comunicação e Saúde e Cuidados Pessoais também apresentaram aumento em suas taxas de variação.
Por outro lado, os grupos Alimentação e Despesas Diversas registraram decréscimo, com impacto em itens como laticínios e cigarros.
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,1% em setembro, com variações nos grupos de Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra. Esses dados refletem a dinâmica dos custos no setor da construção civil.
Em um cenário de recuperação econômica ainda incerto e marcado por desafios, os dados apresentados pelo IGP-M e outros índices econômicos são importantes indicadores do panorama atual da economia brasileira. É fundamental que analistas e investidores acompanhem de perto essas informações para realizar projeções e tomadas de decisão mais assertivas.
Leia a matéria na integra em: CNN Brasil
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