Homem conquista direito de propriedade após anos vivendo em terreno sem escritura

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Justiça reconhece posse definitiva de imóvel em Cascavel, PR, através de usucapião

A 1ª Vara Cível de Cascavel, no Paraná, proferiu uma decisão importante ao reconhecer a posse definitiva de um imóvel por um morador local por meio de uma ação de usucapião extraordinária. A juíza Samantha Barzotto Dalmina foi a responsável pela sentença que legitima a propriedade de um lote no Loteamento Pontal da Natureza, situado em Santa Tereza do Oeste.

O autor da ação alegou que exerce a posse do imóvel de maneira "mansa, pacífica e ininterrupta" desde 2003. Durante o processo judicial, ele apresentou provas de que reside no local há mais de dez anos. O pedido foi contestado pela Incorporadora de Imóveis Pontal da Natureza Ltda., que argumentou que faltavam um título justo e o tempo necessário para a usucapião extraordinária.

Fundamentação jurídica da decisão

A juíza fundamentou sua decisão de acordo com o artigo 1.242 do Código Civil Brasileiro, que estabelece que a aquisição da propriedade é possível por usucapião quando a posse é contínua, pacífica e incontestada por um período de dez anos. A magistrada reconheceu que o requerente atendeu a todos os requisitos legais, incluindo a demonstração da moradia no imóvel e a posse com “animus domini”, ou seja, a intenção de ser o proprietário.

A decisão foi respaldada por diversas evidências, entre elas comprovantes de pagamento de IPTU e depoimentos de testemunhas que atestaram a ocupação ininterrupta do imóvel. "A posse do postulante foi mansa e pacífica, ultrapassando o lapso temporal exigido pela lei", destacou a juíza em sua sentença.

Implicações da sentença

Com a homologação da usucapião, a Justiça determinou que a sentença servirá como título para o registro formal do domínio em nome do solicitante. Essa decisão representa um passo significativo para a regularização fundiária em comunidades onde moradores ocupam imóveis há largos períodos sem a devida documentação.

Além disso, a decisão ilumina a importância da usucapião como um instrumento legal que pode garantir segurança jurídica a cidadãos que, por diferentes razões, não possuem escrituras formais de propriedades que ocupam. A possibilidade de regularização poderá beneficiar um número considerável de famílias que se encontram em situações similares.

É importante ressaltar que, apesar de a sentença ter sido favorável ao requerente, ela pode ainda ser analisada por instâncias superiores, incluindo o Tribunal de Justiça do Paraná, o que abre espaço para novos desdobramentos.

A situação em Cascavel ressalta a relevância de se conhecer e aproveitar os mecanismos legais de proteção à propriedade, especialmente em um cenário onde muitos cidadãos enfrentam dificuldades em regularizar suas situações imobiliárias. Essa decisão não apenas traz uma nova perspectiva para o autor, mas também serve como um alerta aos moradores em situações análogas sobre seus direitos e os caminhos jurídicos disponíveis.

Assim, a judicialização da posse através de usucapião extraordinária é uma alternativa viável e legal para a resolução de conflitos habitacionais, o que proporciona um olhar mais otimista para a regularização fundiária no Brasil.

Leia a matéria na íntegra em: cgn.inf.br


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